Covid-19: MS registra mais de 16 mil novos casos da doença em 10 semanas

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Imagem: Reprodução/Valentin Manieri

Mato Grosso do Sul vem registrando desde novembro do ano passado aumento no número de pessoas infectadas pela Covid-19. Dentro do período de 10 semanas [1º de novembro a 10 de janeiro], foram 16 mil novos casos da doença. Os dados são dos boletins epidemiológicos divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).

O fato assusta, uma vez que a doença estava controlada no Estado até outubro, quando na última semana do mês, foram contabilizados 300 novos casos e duas mortes, ambos de idosos com comorbidades. Já um mês depois, na última semana de novembro, os casos subiram drasticamente, e do dia 22 ao dia 29, foram registrados mais de mil casos e sete mortes, nessa ocasião cinco idosos, um adulto e uma criança de 1 ano de idade.

Em dezembro, na segunda semana, foram 2,8 mil novos casos registrados e 11 mortes, sendo a maioria de idosos entre 67 e 91 anos. Agora em janeiro, voltamos a registrar quase três mil casos da doença em uma semana, e com um número ainda maior de mortes, 20.

De acordo com o médico infectologista, Rodrigo Coelho, que atua na linha de frente de combate ao vírus, esse aumento se deve à circulação de sub variantes da Ômicron. Ele explica ainda que é possível que as sub variantes XBB 1.5 e a BQ 1 sejam as responsáveis pelo aumento dos casos.

Questionado se há um possível descaso da população, a respeito das normas de segurança, Coelho afirma que não se trata disso.

“Nós vamos precisar nos acostumar com as variantes que vão se formar com o tempo. Esse vírus tem essas propriedades de formarem novas variantes, são vírus de RNA, então teremos que nos acostumar com isso, pois como acontece com influenza, eles sempre produzirão mutações”, garante.

O médico afirma também que essa nova variante, não é tão grave quanto as anteriores e é de se esperar que a gravidade caia ainda mais, exceto para pessoas que já tem a tendência a complicações por qualquer que seja a infecção, que é o caso de idosos, pacientes portadores de doenças crônicas, cardíacas e pulmonares.

“Essa nova variante tem produzido casos com sintomatologia, muito semelhantes a resfriado comum, com os sintomas de tosse, dor de garganta, nariz entupido, espirro e assim por diante. Lá atrás, em 2020,2021, nós tínhamos o aumento das pneumonias, em casos de COVID19, se desenvolvia pneumonia com muito mais facilidade e hoje a grande maioria apresentam sintomas de resfriado comum”, destaca Rodrigo.

Além disso, vale citar que é de extrema importância que o quadro vacinal esteja completo com as duas doses e mais as doses de reforço, porém a vacina não impede a infecção, ela serve justamente para diminuir a ação do vírus no organismo e que ele não se torne grave.

Por Camila Farias – Jornal O Estado do MS.

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