Com três novos casos, MS contabiliza 19 infecções por varíola dos macacos

Foto: reprodução/Banco de Imagens
Foto: reprodução/Banco de Imagens

Mato Grosso do Sul registrou três novos casos de varíola dos macacos e contabiliza 19 casos positivos em todo Estado. Os dados são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados nesta segunda-feira (29), 55 casos suspeitos seguem em investigação.

Campo Grande lidera a incidência de casos com 12 confirmações e 35 casos suspeitos, na sequência aparece Dourados com quatro casos, e Itaquirai, Aparecida do Taboado e Costa Rica com um caso cada.

Dentre os novos casos confirmados um paciente é da Capital e possuem 36 anos. Os outros dois casos foram registrados em Dourados em pessoas com 26 e 32 anos.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

Mudança de nome

Em parceria com especialistas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia mudar o nome da varíola dos macacos. A medida é analisada após mais de 30 cientistas se manifestarem sobre a necessidade urgente de adotar um nome que não seja discriminatório ou estigmatizante. Além disso, a associação da doença aos macacos colocam em risco a vida desses animais, que apesar do nome não são transmissores da varíola.

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