Com mais de 700 mm de chuva, Bonito decreta situação de emergência

cheia do rio miranda
Foto: Divulgação/Bonito Mais

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2023, o município de Bonito, a 245 quilômetros de Campo Grande, apresentou situação anormal de chuva. De acordo com relatório da Defesa Civil da cidades, as águas já superam em 121% a média histórica para o período, chegando a 729,5 milímetros no acumulado dos dois meses. Na quinta-feira à noite (2), a Prefeitura de Bonito publicou um decreto que declara situação de emergência município.

A média histórica de pluviometria para os meses de janeiro e fevereiro em Bonito são de 189,5 mm e 140,2 mm, mas segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), este ano foram registrados 234,5mm e 495mm, respectivamente. Apenas no dia 24 de fevereiro forma registrados 173 mm de chuvas em um intervalo de seis horas, o que causou diversos pontos de alagamento e pessoas ilhadas, nas áreas urbanas e rural.

Conforme dados do portal Bonito Mais Noticias, no dia 24 foram registrados seis ocorrências de alagamento e no dia 25 de fevereiro mais cinco ocorrências foram registradas pelo Corpo de Bombeiros, na área urbana e na Ponte do Córrego Anhumas, aproximadamente 15 quilômetros da cidades.

Já na área rural, a chuva causou erosões em estradas vicinais, abertura de dolinas, carreamento de sedimentos e assoreamento nos Rios Formoso, Mimoso, Anhumas/Formosinho e seus afluentes. Estes rios também saíram de seus leitos e provocaram danos ao patrimônio particular, especialmente em atrativos turísticos (como foi o caso do Parque das Cachoeiras, que está no Rio Mimoso), fragilizou pontes e causaram a interdição temporária de estradas vicinais.

No Distrito Águas de Miranda e suas localidades, também região rural e que ficam a 70 quilômetros do núcleo urbano, a cheia do Rio Miranda deixou 10 famílias desabrigadas e 29 famílias desalojadas, além de 20 famílias ilhadas no Loteamento do Noé. Na terça-feira (28), o Rio atingiu mais de 9,5m acima do leito.

O decreto ainda pontua que o município possui atualmente, mais de 70 mil hectares de área de lavoura, que estão em fase de colheita e escoamento da produção, que estão sendo prejudicados pelas condições das estradas, bastante danificadas pelas chuvas.

Em relação ao turismo, outra importante fonte de renda do município, o documento destaca os danos causados em atrativos, bem como o tempo em que estão fechados, deixando de gerar receita, tanto para os proprietários quanto para o município, como é o caso do Balneário Municipal, que segue fechado e sem previsão de reabertura devido ao nível do Rio Formoso.  Outra preocupação da prefeitura é a volta as aulas das crianças da zona rural, que voltaram no dia 23 de fevereiro, mas que seguem prejudicadas pela dificuldade de locomoção, além de obras urbanas que se tornaram urgentes como drenagens, recapeamento e asfaltamento.

O decreto tem como objetivo autorizar a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem nas ações de reposta necessárias e minimizar os efeitos causados pela chuva, bem como autorizar compras e serviços emergenciais sem necessidade de licitação.

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