Cigarros eletrônicos: entenda como funcionam e seus malefícios

cigarro eletrônico
Reprodução/ shutterstock

Mesmo sendo proibidos, uso de cigarros eletrônicos ainda é frequente no Brasil

No Brasil, o uso, a comercialização e a divulgação de cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa. Mesmo assim, o uso desses aparelhos aumentou desde 2018 quando o Ipec registrou que 500 mil brasileiros eram consumidores de  cigarros eletrônicos. Já em 2022 esse número subiu para 2,2 milhões.

Os cigarros eletrônicos se distinguem em dois tipos: os vapes e os pods. E, apesar de serem divulgados como uma opção mais “saudável” em relação ao cigarro tradicional não se tem nenhum estudo que comprove essa tese.

A diferença entre o vape e o pod

Apesar de ambos serem cigarros eletrônicos, eles tem diferencias notáveis. O vape utiliza essências chamadas de juice, enquanto o pod utiliza essência nic-salt, ou seja, sal de nicotina.

Uma diferença marcante entre os dois é que no vape pode ser usado juices free-base, uma essência com 0  teor de nicotina. Já o pod, por ter como base o nic-salt, a única escolha que o usuário pode fazer é em relação a quantidade de nicotina que contém no aparelho. E, mesmo que não pareça, um único pod tem quantidades absurdas de nicotina, equivalente a dezenas de carteiras de cigarro convencional.

Em relação aparelho, o vape é mais robusto e possui um tanque, 0 qual produz mais vapor ao tragar. Com isso, o vape forma uma “nuvem de fumaça” maior, por isso é o mais escolhido pelos usuários que desejam “brincar” com a fumaça ou fazer fotos artísticas, ou manter um cigarro eletrônico com custo-benefício maior a longo prazo, já que o vape é reutilizável. E, dependendo do aparelho, o fumante tem  liberdade para regular a quantidade de vapor, voltagem, potência, temperatura e a intensidade do sabor. E, em comparação ao pod, o fumante sente melhor o sabor da essência ao tragar no vape.

 

Fotos: Austin Lawrence, “Vape Enthusiast”, faz truques com vape nas redes sociais/Reprodução

 

Já o pod existe em versões descartáveis, que são os mais utilizados, e em versão reutilizável. O sistema é um pouco mais simples e não permite regulagem do vapor ou da potência, o sabor tem menos intensidade e gera menos “fumaça”.

 

Malefícios

Por terem surgido a pouco tempo, ainda não se tem evidência dos malefícios do uso de cigarro eletrônicos a longo prazo. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tanto o cigarro eletrônico quanto o convencional trazem malefícios a saúde e isso varia de acordo com uma série de fatores. E o vapor produzido pelos eletrônicos possuem substâncias toxicas nocivas tanto ao fumante ativo quanto ao passivo. E até agora não se tem comprovações científicas que esses aparelhos auxiliem contra o tabagismo. O que se sabe é que a nicotina causa dependência.

Os cigarros eletrônicos também são capazes de causar lesões pulmonares. Em 2020, nos Estados Unidos, houve um surto de jovens com problemas respiratórios e lesões nos pulmões em consequência do uso dos cigarros eletrônicos.  Segundo o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC) foram registrados um total de 2.807 casos de EVALI relatados em todos os 50 estados, no Distrito de Columbia, em Porto Rico e nas Ilhas Virgens, incluindo 60 mortes confirmadas em 27 estados e no Distrito de Columbia desde fevereiro de 2020.

Além dos malefícios aos pulmões, o uso contínuo desses aparelhos eletrônicos podem causar vários prejuízos a saúde bucal como o escurecimento das gengivas e dos dentes, mau hálito, propensão ao acumulo de placa bacteriana, aumentar as chances de aparecimento de cáries, sensibilidade, feridas, fissuras e dificuldade para  mastigar, causar inchaços na região bucal e comprometer a capacidade de sentir gostos.

 

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