Campo Grande teve redução de -6,25% no preço da cesta básica em 2023

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ano de 2023 trouxe uma perspectiva favorável para o custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras, incluindo Campo Grande, onde foi registrada uma redução significativa de 6,25%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa queda, acumulada ao longo de 12 meses, representa um alívio financeiro para as famílias sul-mato-grossenses.

A pesquisa, que abrange 17 capitais do país, revelou que outras localidades também experimentaram reduções notáveis, como Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Essa tendência de diminuição nos preços é apontada pelo Dieese como um movimento em conjunto com a revalorização do salário mínimo e a ampliação da política de transferência de renda.

De acordo com Inês Santiago, presidente da SCDL MS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), essa redução nos custos pode impactar positivamente a economia local, proporcionando maior poder de compra para a população. No entanto, ela ressalta que é fundamental acompanhar outros fatores que podem influenciar a estabilidade econômica.

“A redução no custo da cesta básica é uma boa notícia para as famílias, mas é importante ficarmos atentos a outros desafios que podem surgir em 2024, como questões climáticas, conflitos externos e variações cambiais que impactam diretamente a exportação”, destaca Inês Santiago.

A comparação mensal entre novembro e dezembro de 2023 revela um aumento no valor da cesta básica em Campo Grande, com uma elevação de 3,39%. Essa variação também foi observada em outras cidades, como Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%) e Goiânia (3,20%). Por outro lado, algumas localidades apresentaram diminuições, como Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

No cenário nacional, em dezembro de 2023, o maior custo da cesta básica foi registrado em Porto Alegre (R$ 766,53), seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Em Campo Grande, o custo médio da cesta foi destaque, refletindo a variação mensal.

O Dieese também apresentou estimativas em relação ao salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, com base na cesta mais cara. Em dezembro de 2023, em Porto Alegre, esse valor seria de R$ 6.439,62, representando 4,88 vezes o salário mínimo vigente de R$ 1.320,00.

Em relação ao comprometimento do salário mínimo líquido para adquirir a cesta básica, o levantamento revela que, em dezembro de 2023, os trabalhadores em Campo Grande destinaram 53,59% do rendimento para esse fim, um aumento em comparação com novembro (52,82%). Contudo, essa porcentagem é inferior à registrada em dezembro de 2022 (60,22%).

A pesquisa também mostra o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica, considerando um trabalhador remunerado pelo salário mínimo. Em dezembro de 2023, essa jornada foi de 109 horas e três minutos, um aumento em relação a novembro (107 horas e 29 minutos) e uma redução significativa em comparação a dezembro de 2022 (122 horas e 32 minutos).

O Dieese destaca que, embora haja uma tendência positiva, é crucial acompanhar de perto os desafios que podem surgir em 2024, mantendo um olhar atento para garantir a estabilidade econômica e o bem-estar da população sul-mato-grossense.

Com informações da Agência Brasil

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