Cadelinha “Lalinha” viaja para rever dono internado em hospital

Foto: Divulgação/ Santa Casa
Foto: Divulgação/ Santa Casa

Estar internado em um leito de hospital é uma angustia tanto para o paciente quanto para os familiares. Os pacientes desejam algo simples e não conseguem realizar por conta das limitações impostas pelas condições clínicas. Ver o animal de estimação pode ser um exemplo disso, e a saudade de abraçar o animal de estimação é um desejo de muitos pacientes que estão internado.

Pensando nisso, e para realizar o desejo de um paciente que está em cuidados paliativos, a Santa Casa de Campo Grande juntamente com os Serviços de Geriatria e Cuidados Paliativos e a Comissão de Humanização do hospital promoveram um encontro emocionante nesta quinta-feira.

O paciente Amarildo Carlos Ferreira, de 56 anos, está internado na Santa Casa há seis dias para tratar de uma cirrose hepática avançada também é renal crônico dialítico e acumula outras internações do passado. De acordo com a médica paliativista Fernanda Romeiro, o reencontro era muito importante. “A esposa manifestou que, como ele já era cadeirante há muito tempo, a cadelinha só ficava próxima dele em casa. Então, era muito importante esse reencontro”.

A cadelinha, de nome Lalá, conhecida como “Lalinha” para os mais íntimos, veio de Bandeirantes, cidade onde mora a família, localizada a 58 quilômetros da Capital especialmente para o reencontro. Ela chegou em Campo Grande na tarde de quarta-feira, tomou um banho caprichado e aguardou a manhã desta quinta-feira para visitar o ‘amigo’ aqui no hospital.

O encontro aconteceu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva Cardiovascular), leito onde Amarildo está internado. “Essa ação é importante porque conseguimos humanizar e individualizar o atendimento, levando em conta os pilares do cuidado paliativo, que é trazer qualidade de vida nos momentos que restam ao paciente”, ressalta Fernanda.

“Se a gente não consegue devolver o paciente para o ambiente de casa, que poderia ser uma vontade dele, a gente tenta proporcionar um pedacinho disso aqui no hospital. Existe uma individualidade, você ver o seu pet que há anos é seu companheiro. Espero que essa ação abra portas para que a gente consiga fazer outras como essa”, complementa a médica paliativista.

De acordo com a supervisora médica do Serviço de Geriatria e Cuidados Paliativos, dra. Paskale Vargas, a Terapia Assistida por Animais (TAA), conhecida pelo mundo como Pet Terapia, é um tratamento auxiliar para diversos tipos de doenças, muito utilizado por, comprovadamente, promover o bem-estar e a saúde emocional, física, social e cognitiva em pacientes hospitalizados.

“A Pet Terapia é alternativa para tratar a ansiedade e depressão, a gente geralmente traz cachorros que são treinados para isso”, afirma a dra. Paskale Vargas. “Hoje, a equipe proporcionou a humanização. A gente trouxe o cachorrinho do paciente, que é um serzinho que ele tem um vínculo, numa situação de fim de vida. É um paciente dialítico que foi solicitado a suspensão da diálise e está em processo ativo de morte. E o que a gente fez foi realizar um desejo de fim de vida”, finaliza a geriatra.

Com informações da assessoria.

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