Confira a coluna ‘Segredos de Estado’

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Coluna Semanal de Terça com Laureano Secundo

Uma ideologia para concorrer

O ex-presidente José Sarney dizia nos anos 1980 que eleição se ganhava com a esquerda e governava com a direita, não se sabe muito bem se ele tinha razão, uma vez que pelo menos para presidente ele chegou através da fatalidade da morte de Tancredo Neves e o seu governo entrou para a história do Brasil como um dos mais desastrosos, deixando o Brasil com uma hiperinflação. Mas a questão ideológica continua balizando o debate político e até mesmo quem combate o discurso ideológico normalmente está defendendo uma ideologia (normalmente de direita).

Para as eleições municipais, que estão sendo encaradas como uma preliminar do pleito de 2026, o tema voltará a nortear os discursos, repetindo o que já ocorre desde o pleito de 2018. A novidade é que na direita já há um certo congestionamento de candidaturas que surgiram após a ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República, e na esquerda o que se vê é esvaziamento de opções, pois a chamada extrema-esquerda quase desapareceu e até mesmo o Psol aos poucos começa a se transformar num braço do PT e depende do presidente Lula para consolidar candidaturas como a de Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo.

Prazo esgotado

O deputado estadual Zeca do PT disse que o partido vai esperar até o início do mês de abril para definir que caminho pretende seguir na eleição de Campo Grande. Na verdade, essa é a data para saber se a ex-deputada federal Rose Modesto deixará a superintendência da Sudeco para ser candidata.

Veto

Os vereadores querem ter poder de veto sobre a definição do nome que a prefeita Adriane Lopes pretende escolher para o lugar de João Rocha, que retorna ao Legislativo em março para poder tentar a reeleição. Alguns nomes que estão sendo sugeridos desagradam aos membros do Legislativo Municipal.

Desanimado

O deputado estadual Lucas Lima parece ter colocado o pé no freio de sua pré-candidatura à prefeito da capital, ele quer uma definição ainda no mês de março, mas já avisou que não se manterá na disputa caso não tenha a estrutura suficiente para a campanha eleitoral.

Água fria

A operação da Polícia Federal e a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro jogaram um balde de água fria em muitos segmentos do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul. Em Dourados, por exemplo, o prefeito Alan Guedes, que avançava nas articulações com o PL, recuou e vai esperar pelos acontecimentos futuros.

Dilema Tucano

A exemplo do que aconteceu quando do surgimento da candidatura de Eduardo Riedel, o PSDB quase que todo dia tem que confirmar que o nome do partido para a disputa da Prefeitura da Capital é o do deputado federal Beto Pereira. O ex-governador Reinaldo Azambuja é o que mais afirma e reafirma o apoio ao Beto Pereira.

Menos um

Ao assumir o mandato como deputado estadual devido à cassação de Rafael Tavares, Paulo Duarte anunciou oficialmente que não manterá sua pré-candidatura à prefeitura de Corumbá. Muitos acreditam que quem sai fortalecida é a ex-deputada federal Bia Cavassa que, no entanto, pode ter que deixar o partido para manter seu projeto eleitoral.

Meninos eu vi

O ex-senador Rachid Saldanha Derzi que sempre foi um destacado representante da direita no estado e mesmo no Congresso, sempre fez frente aos partidos de esquerda, no entanto, tratava representantes do partido Comunista aqui no estado com consideração. Certa vez, questionado sobre o motivo de manter uma certa proximidade com os esquerdistas, o senador saiu com a seguinte frase:

– Planta de jardim é bonitinha, mas a gente tem de podar para não crescer demais.

 

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