Filho de um índio e uma negra – que se conheceram por morarem em uma aldeia e um quilombo vizinhos -, bacharel em Ciências Econômicas e em Ciências Políticas, autor de nove livros, escritor, jornalista, radialista e pesquisador, o novo imortal eleito para a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras é Sérgio Manoel da Cruz, que também foi deputado federal por Mato Grosso durante uma legislatura, e ainda deputado estadual (uma legislatura) e deputado federal (uma legislatura) por Mato Grosso do Sul.
Sérgio Cruz é natural de Salgueiro, Pernambuco, e radicou-se em Campo Grande em 1963. Durante esses sessenta anos no Estado, por seus trabalhos recebeu os títulos de cidadão sul-mato-grossense, cidadão campo-grandense, além de cidadão douradense – por sua atuação político-educativa apresentando o primeiro projeto para a criação da Universidade Federal da Grande Dourados, na Câmara dos Deputados – e cidadão Novo Horizontino do Sul pela sua luta em defesa dos brasiguaios.
O presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Henrique de Medeiros, destacou a vasta produção autoral do novo imortal, composta pelos livros Guerra ao Contrabando (1984), Pantanal – O Estado das Águas (1999), Por que mataram o doutor Ari (2001), Sangue de Herói (2002), Datas e fatos históricos do Sul de Mato Grosso ao Estado do Pantanal (2004), Sangue no Oeste (2021), Campo Grande, 150 anos de história (2022), História da Fundação de Mato Grosso do Sul (2022) e Campo Grande, força e luz (2023).
Além disso, na área artístico-cultural Sérgio Cruz é compositor com músicas gravadas por Aurélio Miranda, Tostão e Guarani, Simona, Pininha e Verinha, Duo Glacial e José Bétio. Como jornalista, tem enorme participação profissional; como radialista, foi apresentador de programas, comentarista político e locutor com grande audiência em dez rádios nas cidades de São Paulo e Santo André – SP, Cuiabá – MT, Dourados e Campo Grande – MS e em duas emissoras de televisão em Campo Grande – MS.
Além disso, como redator, trabalhou em nove jornais de São Paulo e Mato Grosso do Sul, entre eles o Progresso, Diário da Serra, Tribuna, Jornal do Povo, Primeira Hora e Boca do Povo. Já ganhou o Prêmio MS de Jornalismo conferido pela FIEMS.
“A representatividade, participação e pluraridade literocultural da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras é uma realidade incontestável no Estado; sinto um enorme orgulho de agora fazer parte desta Casa de Cultura que já abrigou nomes como Manoel de Barros, Maria da Glória Sá Rosa, Hélio Serejo, Wilson Barbosa Martins, Paulo Coelho Machado, Oliva Enciso e Demosthenes Martins, entre tantos outros inúmeros ícones históricos da nossa região”, disse Sérgio Cruz, ao se manifestar sobre sua eleição para a ASL. Acesse também: Black Friday Fronteira impacta a economia de Campo Grande, avalia CDL