Reta final: CPI mira em inspeções surpresas e escuta de usuários

Vereadores destacam importância desta etapa para a conclusão das investigações - Foto: Nilson Figueiredo
Vereadores destacam importância desta etapa para a conclusão das investigações - Foto: Nilson Figueiredo

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, instaurada na Câmara Municipal de Campo Grande para apurar irregularidades no transporte coletivo, entra em sua fase final com ações práticas de fiscalização, audiências públicas e consolidação de um vasto material técnico.

Na reunião desta semana, os vereadores aprovaram novos requerimentos e deram início à preparação do relatório final, que será elaborado com suporte de um escritório jurídico e um de contabilidade, contratados ao custo estimado de R$ 100 mil. As diligências continuam com inspeções surpresas nos terminais, garagens, agências de fiscalização e estrutura operacional do consórcio.

Além disso, a CPI aprovou diversos requerimentos voltados à obtenção de dados técnicos e contábeis. A vereadora Luísa Oliveira solicitou a lista de auditores concursados da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Já a vereadora Ana Portela pediu documentos detalhados do consórcio Guaicurus, como balanços patrimoniais, demonstrações de resultados, notas explicativas e estruturação contábil digital.

Também foram solicitadas informações relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), especialmente sobre projetos de mobilidade urbana que estavam em fase de reestruturação e execução.

Foto: Nilson Figueiredo

Audiência com usuários

A oitiva dos usuários será realizada amanhã (25), no Plenário Olimpíada, com participação simultânea da população da Praça de Coimbra, que contará com estrutura de transmissão e interação. Já no dia 2 de julho acontecerá a oitiva com um especialista programático em transporte coletivo, professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), que atualmente está em viagem à Alemanha.

As inspeções presenciais nas estruturas do sistema de transporte serão realizadas de maneira surpresa, conforme aprovado na reunião. As visitas incluem a AGETRAN, AGEREG, garagens e terminais, e têm o objetivo de verificar de perto os pontos levantados nas oitivas e nos documentos analisados.

A vereadora Luiza Ribeiro será responsável pela coordenação dessas diligências, cujos resultados servirão para complementar o relatório final da comissão.

Relatório final

O relatório final da CPI está sendo elaborado com base nas milhares de páginas de documentos já recebidos e depoimentos colhidos. Para garantir uma análise técnica precisa, foi autorizada a contratação de apoio externo, medida que vinha sendo solicitada pela relatora da comissão, a vereadora Ana Portela.

Nada está descartado, segundo os membros da CPI. Novas convocações poderão ser feitas caso haja necessidade, inclusive de ex-prefeitos, diretores do consórcio ou da agência reguladora.

Embora os efeitos imediatos da investigação ainda não sejam totalmente percebidos pela população, os membros da CPI destacaram que a simples instauração da comissão já trouxe avanços. Entre eles, o aumento da fiscalização, o reconhecimento da necessidade de renovação da frota e a discussão sobre a criação de um Fundo Municipal do Transporte, com recursos vinculados para mobilidade urbana.

 

Por Taynara Menezes e Ana Clara

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