Para fechar a série de reportagens especiais realizada pelo jornal O Estado sobre prédios e locais que marcaram a história de Campo Grande, esta edição trouxe a demanda dos frequentadores do Horto Florestal, que reclamam da falta de infraestrutura do local, sem manutenção, a população alega que o local está abandonado. Em 2021, o parque passou por reforma. Na época, a pista de caminhada foi toda reformada. Além disso, o espaço retoma as atividades de esporte e lazer como as aulas de capoeira no Teatro de Arena, curso de mosaico e pintura em madeira no Ateliê da Arte, além do acesso à Biblioteca Municipal.
Reportagem do jornal O Estado esteve no Horto Florestal, local que já foi ponto de encontro na Capital. Bancos quebrados, telhas quebradas, grades destruídas, calçadas danificadas e quase impossível para andar – esse foi o cenário encontrado.
A assistente administrativo Mayara Pistola, de 29 anos, ressalta que o local está inapropriado para visitas. “O Horto está bem abandonado, antes tinha pessoas que vinham fazer atividades físicas, caminhar e passear com a família, hoje não vemos mais isso, está descuidado. Se você passar aqui bem cedinho ou Em Campo Grande, tempestade derrubou mais de 100 árvores e deixou 36 bairros sem energia Chuva não ameniza calor e Brasil será um dos lugares mais quentes do mundo Especial Campo-grandenses deixam de frequentar o Horto Florestal pela falta de manutenção no final da tarde, começo da noite, você vê muitos moradores de rua. Isso tira um pouco a vontade das pessoas de virem aqui. Deixa a desejar na segurança”, afirmou.
Bianca Cáceres, 27, é administradora e explica que o local precisa passar por uma reforma. “Precisa de uma melhoria no Horto, está muito feio. O Sesc fazia um dia de família aqui, até o ano passado, mas mudaram o local por conta disso, a falta de cuidado, ficou perigoso trazer as crianças aqui.”
O espaço é frequentado por pessoas de diversas idades e, por isso, a aposentada Elza Gonçalves de Miranda, 75, destaca que melhorias precisam ser feitas para ampliar a segurança da população. “Eu vinha com frequência aqui, mas, nessas condições, não dá. Depois da pandemia essa é a primeira vez que venho, sempre opto por ir em outro parque. É triste, pois agora que aposentei, queria aproveitar, mas não tem como curtir, a cidade está um caos, vemos por aqui. Queria trazer meus netos para conhecerem, mas está triste aqui, sem vida.”
O aposentado Oduvaldo, 68 anos, pede que o local passe por uma transformação. “O ideal é transformar esse local em outra coisa, uma escola ou uma creche, um posto de saúde, algo que a população aproveitasse mais. O Horto já foi um espaço para lazer, hoje encontramos usuários de drogas que acabam com a área, não dá mais para utilizar, poderiam fazer algo mais útil, que vão usufruir de verdade”, finalizou.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo esclarece que o Horto Florestal passou por recente força-tarefa de manutenção e limpeza, que contou com poda e remoção de árvores, troca de toda a iluminação do espaço e pintura de lixeiras, bancos e dos brinquedos do parque infantil
“O Horto passa por manutenção frequente, assegurando a limpeza do espaço que recebe eventos mensalmente, como o Encontro dos Coletivos de Brechós”, destacou a nota.
Por – nez Nazira e Thays Schneider
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.