Trajetória de Fé! Primeira Igreja Batista de Campo Grande celebra 107 de atuação religiosa e ações sociais

Foto: divulgação
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Ajudar ao próximo é um dos ensinamentos primordiais de diversas religiões. Com 107 anos de atuação em Campo Grande, a Primeira Igreja Batista mantém essa prática, e reforça que a caridade e o auxílio a quem precisa é um dos maiores bens que uma igreja pode fazer ao mundo. Para celebrar esse histórico, a igreja fará um evento especial nesta sexta-feira (29), a partir das 19h30, com muita emoção, reflexões e homenagens.

O evento será na sede da igreja, na rua 13 de Maio, 2647, com apresentações musicais, sendo uma rica combinação de músicas clássicas e contemporâneas, para refletir sua trajetória e essência, com destaque para os serviços prestados à sociedade campo-grandense, que vão além do âmbito religioso.

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Ao longo de 107 anos, a Primeira Igreja Batista tem se destacado como um importante pilar da comunidade, desenvolvendo ações sociais, culturais e espirituais que impactaram significativamente a cidade de Campo Grande e sua população.

“A história da nossa Igreja é, acima de tudo, uma história de fé e de serviço à comunidade. Esta celebração é uma oportunidade de refletirmos sobre tudo o que já realizamos e de nos prepararmos para os próximos desafios, sempre com o propósito de continuar contribuindo para o bem-estar da nossa sociedade”, afirma Pr. Gilson Breder, presidente.

Para o vice-presidente e pastor Eli Junior, o principal foco de uma Igreja Cristã é seu papel de potencial transformador numa sociedade.

“Dessa forma, podemos dizer que nosso maior legado são as histórias de vidas e famílias restauradas. Não podemos deixar de citar os relevantes trabalhos de transformação social que operamos ao longo desses anos”, disse ao jornal O Estado.

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Atuação

A Primeira Igreja Batista possui diversas iniciativas no campo social, os Programas Sócio-Missionários. Um deles é a FUNASPH (Fundação de Assistência a Pessoa Humana), entidade sem fins lucrativos, fundada em outubro de 2005 com o propósito de atuar junto aos seguimentos da população com maior vulnerabilidade pessoal e social, por meio de projetos sociais que têm como públicos prioritários: crianças, adolescentes, jovens, idosos, dependentes químicos, mulheres em situação de prostituição e pessoas em situação de pobreza em geral.

A igreja possui os programas próprios Amor de Verdade, de assistência e acompanhamento social; Coxexión, para refugiados, imigrantes, estrangeiros e apátridas; Elas, dedicado a mães adolescentes, gestantes e lactantes e o Nova Transforma, com auxílio a crianças, adolescentes e mulheres vítimas de abuso/exploração sexual. Há também programas específicos em parceria com outras instituições como Equipe Esperança, com apoio da Santa Casa; Ide (Instituto de Desenvolvimento Evangélico), para o contraturno com crianças e o Ass. Nova Criatura, para dependentes químicos e egressos do sistema prisional.

A idade da fé

Conforme pesquisa Global Religion 2023, realizada pelo Instituto Ipsos, quase novem em cada dez brasileiros dizem acreditar em Deus, o que coloca o país no topo do ranking de crenças no mundo.

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Entretanto, as religiões podem enfrentar uma dispersão dos jovens em seus templos e igrejas: em pesquisa realizada em outubro deste ano pelo Datafolha, 25% dos jovens afirmam não ter uma religião, por falta de confianças nas religiões.

Segundo o pastor Eli, a Primeira Igreja Batista se empenha para envolver diferentes gerações na construção e continuidade de sua história.

“Temos o MINI (Ministério infantil) que atende semanalmente cerca de 500 crianças e pré-adolescentes de 0 a 13 anos, desenvolvendo um trabalho multidisciplinar de formação espiritual e social. As redes de adolescentes e jovens se destacam por suas iniciativas dinâmicas e criativas, que conectam essa geração à fé e à comunidade, estimulando a liderança e o engajamento. Além disso, a igreja valoriza a participação ativa dos idosos em ministérios e ações de convivência, promovendo o diálogo intergeracional e fortalecendo os laços comunitários, garantindo que os valores cristãos sejam transmitidos e vividos por todas as gerações”, destaca.

Porém, a construção da fé no próximo não vem sem adversidades. “Os maiores desafios para o futuro inclui manter a relevância relacional num mundo cada vez mais digital e secularizado, enquanto expandimos nosso impacto social em meio às desigualdades crescentes. A Igreja precisará equilibrar inovação e tradição, mantendo-se acolhedora, formando novas lideranças e apoiando as famílias com valores cristãos”, disse o pastor.

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“A história da Primeira Batista é marcada pela ousadia em alcançar o público jovem, sem jamais deixar para trás as gerações que construíram nossa trajetória. Nos percebemos como uma grande família, onde todas as idades possuem relevância e espaço para seu estilo de adoração”, complementou.

Outro ponto de desafio, segundo Eli, é o dialogo entre prática e mensagem com a modernidade. “A questão que ‘como transmitiremos essa mensagem de forma eficaz?’. Só teremos êxito se compreendermos o mundo e o tempo em que estamos inseridos. Não é um exercício simples e Jesus mesmo chama isso de ‘estar no mundo, sem ser do mundo’, ou seja, fazemos um trabalho intelectual constante para podermos assimilar aspectos da modernidade sem sermos assimilados por ela naquilo que não reflete os princípios cristãos”.

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Aberta

A celebração dos 107 anos do local é aberta a líderes religiosos, autoridades e sociedade em geral. Segundo o vice-presidente, essa diversidade de participantes reforça a missão de acolher e servir.

“Esse gesto promove o diálogo e a oportunidade de compartilhar valores que inspiram fé, esperança e solidariedade, reafirmando o compromisso da Igreja em ser uma presença transformadora e relevante para toda a sociedade”, explica.

“A principal mensagem que desejamos deixar para a comunidade nesta celebração de 107 anos está descrita em nossa frase identitária: Uma Igreja que ama a Deus e as pessoas! Esse é compromisso contínuo que temos, o amor a Deus e ao próximo, refletido por meio de ações concretas de fé, esperança e solidariedade. A igreja quer reafirmar seu papel como um pilar de apoio espiritual e social, impactando positivamente a vida de seus frequentadores e da sociedade campo-grandense”, finaliza.

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Por Carolina Rampi

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