Rock in Rio vai chegando ao fim e conta com a aprovação dos fãs

rock in rio
Foto: Pilar Olivares/Reuters
O festival se encerra provando que ainda é um dos maiores eventos de música do planeta

Por Méri Oliveira e Marcelo Rezende – Jornal O Estado do MS

O nono Rock in Rio chegou ao fim e já deixa saudade nos corações dos fãs de música. Durante sete dias, o Parque Olímpico da Barra transformou-se na Cidade do Rock, com mais de 250 shows, 670 artistas, 500 horas de entretenimento e 700 mil pessoas assistindo às atrações. Além de grandes shows nos palcos, houve apresentações de dança, games, experiências imersivas, ritmos e culturas do Brasil e do mundo. Os fãs também puderam usufruir de experiências radicais como a tirolesa, mega drop, montanha-russa e roda-gigante. A reportagem do jornal O Estado conversou com alguns campo-grandenses que foram ao Rock in Rio e fez um levantamento dos melhores momentos deste que é um dos maiores festivais de música do planeta.

Os shows

O caderno Artes&Lazer acompanhou e analisou alguns shows. No final destacou as melhores e também as apresentações que deixaram a desejar.

No primeiro dia o destaque fica por conta dos veteranos do Iron Maiden. Falar que os britânicos fizeram um ótimo show é “chover no molhado”. Bruce Dickinson e companhia fizeram o que sabem de melhor: apresentar um espetáculo completo. A execução das músicas perfeita, a presença de palco impecável, os cenários incríveis, além do figurino dos músicos. Nota 10. Vale ainda destacar que os outros shows também foram bons, em especial o Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira e a banda francesa Gojira, com seu death metal progressivo

No segundo dia Alok fez um dos maiores shows da história de sua carreira. O artista investiu tempo e dinheiro na apresentação que colocou para dançar mais de cem mil pessoas, de acordo com a produção do Rock in Rio. Com um aparato tecnológico cinematográfico que iluminou a Cidade do Rock. Releituras de “Rhythm of the Night”, “Titanium”, além dos hits “Hear me Now” e “Ilusão (Cracolândia)” fizeram parte do setlist definido poucos minutos antes do show e cantado a plenos pulmões pelos fãs presentes no local. Foi épico!

No terceiro dia a novela Justin Bieber movimentou as redes sociais, pois especulava-se que o astro pop não apareceria para o show, em razão de problemas de saúde. Bieber não só fez o show como fez a alegria dos fãs ávidos por seus sucessos. O show agradou a todos, assim como as apresentações de Demi Lovato, Iza e dos mineiros do Jota Quest.

Já no quarto dia veio a grande decepção. A banda Guns N’ Roses era para ser a grande atração do Rock in Rio da quinta-feira (8) e encerrar a noite com maestria, porém o som do show, no Palco Mundo, não estava dos melhores. Volume baixo e abafado comprometeu a apresentação. Sem contar as desafinadas, que nem de longe lembram o talentoso Axl Rose dos áureos tempos. Quem brilhou foi Slash, o guitarrista fez solos matadores e mostrou que não perdeu a forma. Destaque mesmo foram os italianos da banda Måneskin, que com seu rock retrô, que parece ter saído de algum ponto da década de 1980, surpreenderam, e muito. Eles quebraram tudo. Offspring e CPM 22 também fizeram bons shows, mas quem reinou foi a gurizada do Måneskin.

Chegamos ao quinto dia com Green Day, Fall Out Boy, Billy Idol e Capital Inicial. O show de Billie Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt teve pedido de casamento no palco e interação com a plateia. Um verdadeiro espetáculo. O sexto dia não pôde ser avaliado, assim como o sétimo, pois a edição foi fechada antes dos shows. No sexto dia subiram ao palco Coldplay, Camila Cabello, Bastille e Djavan. No sétimo dia encerraram a festa Dua Lipa, Mega The Stallion, Rita Ora e Ivete Sangalo.

O Rock in Rio mostrou que a música tem poder de unir as pessoas.

Valeu a pena

O empresário Flávio Nakazato foi no primeiro dia de Festival, que contava com as atrações Iron Maiden, Dream Theater, Gojira e Sepultura + Orquestra Sinfônica Brasileira, e gostou muito dos shows, porém reclamou que pecaram na organização. “Foi ótimo voltar ao festival após sete anos. Senti que estava um pouco desorganizado em relação às edições anteriores, tive problemas para conseguir informações simples com os staffs. Fora isso, foi maravilhoso, as bandas e o público fizeram as horas passarem voando. Conheci novas bandas e pude ver ao vivo as bandas de que gosto, isso valeu a pena os perrengues para chegar até lá.”

Em seu segundo Rock in Rio, Yasmin Ribeiro também teve seus momentos de sufoco, mas considerou os percalços como imprevistos. Ela define a festa como uma experiência única e indescritível. “Estive presente em dois dias do Rock in Rio, nos dias 3 e 4, nos shows do Post Malone e Justin Bieber. Já havia ido anteriormente em 2019 no Show do Maroon 5, porém neste ano a experiência foi totalmente diferente. Nos dois dias choveu muito, principalmente no dia do Post Malone, o show em si foi muito bom. Porém no fim, para quem estava de BRT (Bus Rapid Transit, um sistema rápido por ônibus), foi um perrengue total. Ficamos mais de horas na chuva em uma fila, para poder chegar até o BRT”, disse a jovem.

“No fim, as pessoas estavam tão desesperadas para ir embora que estavam loucamente procurando Uber ou táxi. Estavam cobrando um valor absurdo, mas a gente acabou pagando pelo desespero para ir embora. No dia do Justin Bieber já foi mais tranquilo em questão de chuva e para ir embora, porém as filas do banheiro estavam gigantescas. Apesar dos imprevistos, a experiência é única e indescritível. É claro que várias coisas podem melhorar nos próximos anos e mesmo com essa última impressão, eu pretendo voltar novamente”, conclui Yasmin.

Expêriencia única

“Que experiência incrível!” É assim que Crisleine Basso inicia a entrevista. Ela foi ao Rock in Rio com o namorado Leonardo e amou tudo o que viu, e pretende ir a outras edições do festival. “A Cidade do Rock é simplesmente gigante! Os shows foram sensacionais, mas a apresentação do Iron Maiden foi sem palavras. Um espetáculo! Ir ao Rock in Rio superou minhas expectativas com toda certeza! Várias atrações, vários brindes, palcos enormes. Pretendemos voltar mais vezes porque é muito bom! E vale muito a pena pagar o Ônibus Primeira Classe do próprio RiR, pois é muito seguro. A volta fica garantida com ele, sem preocupação!”, celebrou Crisleine.

Veja também: A três dias do Rock in Rio, fãs falam das expectativas para os shows

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