Copa do Mundo 2022 terá cerveja e churrasco mais caros

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Foto: Divulgação
Aumento dos produtos passou de 100% se comparado à última Copa, em 2018

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS

O churrasco e a cerveja ficarão mais caros para os campo-grandenses, na Copa do Mundo Catar 2022. Prova disso é que desde a última Copa, em 2018, a inflação encareceu os dois produtos em mais de 100%. Além disso, as figurinhas também ficaram o dobro do valor, saindo de R$ 2 para R$ 4 neste ano.

O maior evento esportivo do mundo está marcado para começar no dia 20 de novembro, sendo a primeira vez ocorrendo no fim do ano, o que aumenta as expectativas do comércio, por acontecer junto ao 13° salário.

Cerveja

Conforme pesquisa feita pelo jornal O Estado, há quatro anos, a lata de 350 ml da Brahma e da Skol custavam R$ 2,69, agora passaram para R$ 3,50, aumento de 30,11%. A Itaipava, de 350 ml, era R$ 2,20, passando para R$ 3,45 (56,82%). A Heineken (longneck) custava, em média, R$ 3,95, e agora custa R$ 7,99, aumento de 102,27%.

A Amas (Associação Sul–Mato-Grossense de Supermercados) informa que, todos os anos nesse período há um aumento programado pela Ambev.

Conforme o IPNC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somente nos últimos 12 meses, a cerveja teve aumento de 11,08%, na Capital.

De acordo com a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andreia Ramos, a bebida aumentou em função do preço do trigo, um dos componentes da bebida.

Carne

No açougue Princesa Casa de Carne, em 2018, o quilo da maminha custava R$ 29,70, agora custa R$ 52,90, aumento de 78,11%. A picanha era R$ 38,99 e passou a custar R$ 66,90 (71,58%); o contrafilé custava R$ 17 e agora é vendido por R$ 39,90 (134,71%). Já a bananinha custava R$ 13,99 e agora está saindo pelo valor de R$ 49,98 (257,26%).

O proprietário do estabelecimento, Givaldo Santos, diz que o aumento ocorreu em razão da pandemia. “Os preços mudaram muito da Copa da Rússia de 2018 para este ano. Além disso, nos últimos dois anos tivemos a pandemia da COVID-19, em que tivemos de mudar ainda mais os preços, mas sempre pensando no melhor para o consumidor para não ficar um valor absurdo.”

“Nesta época conseguimos lucrar bastante. Então, já estou com alguns cortes que terão, sim, promoções para chamar atenção dos clientes”, completa.

Na Casa da Linguiça, em 2018, a picanha era R$ 37,99 e agora está custando R$ 68,97, aumento de 81,55%. A capa do contrafilé era R$ 15 e agora é vendida por R$ 34,99 (133,27%). A maminha era no valor de R$ 29,99 e agora está 53,99 (80,03%). O quilo da bananinha saiu de R$ 12,99 para R$ 50,99 (292,53%).

“Para entender essas inflações, é preciso considerar o baixo desempenho econômico que estava vindo antes da pandemia que atingiu o país e que agravou a situação por completo”, explica a economista do Dieese.

Camisetas

De acordo com o IBGE, as camisetas também tiveram variação acumulada de 30,38%. Nas lojas oficiais na internet, como Nike e Amazon, as camisetas do Brasil variam entre R$ 104,47 e R$ 299,99.

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