Projeto da Capital ensina crianças e adolescentes a arte das danças urbanas

Projeto atende
aproximadamente 100
crianças e adolescentes
com oficinas de dança ( Fotos: Bruna Oshiro/Instagram)
Projeto atende aproximadamente 100 crianças e adolescentes com oficinas de dança ( Fotos: Bruna Oshiro/Instagram)

Três projetos sociais participam do ‘Dança e Acesso’, que fará apresentação especial nesta quarta-feira

 

Democratizar o acesso às manifestações artísticas e culturais é um dos objetivos do ‘Dança e Acesso’, projeto cultural que atende aproximadamente 100 crianças e adolescente com oficinas regulares de danças urbanas em três projetos sociais de Campo Grande. Nesta quarta-feira (12), o projeto irá realizar uma apresentação dos trabalhos criados pelas três turmas e grupos convidados, na sede do Projeto Resgate/CEACA, Rua Cora, 100, no bairro Guanandi, a partir das 18h.

O projeto é realizado desde março de 2024, após ser contemplado na Lei Paulo Gustavo, conforme a coordenadora, Taynara Freitas. “A ideia surgiu após uma conversa do coletivo de professoras de Danças Urbanas, que iniciaram sua jornada na dança em Projetos Sociais e Escolares e entendem a importância dessa democratização e os atravessamentos que podem surgir a partir do contato com a arte e cultura. A partir disso, criaram a equipe e eu elaborei o projeto, mapeei e entrei em contato com as instituições que não continham oficinas de Dança em seu cronograma, para assim criar um projeto que poderia sanar esse problema de falta de acesso às manifestações artísticas”, relatou em entrevista ao jornal O Estado.

As crianças e adolescentes aprendem nas oficinas sobre as histórias das streets dance, musicalidade, e a prática das danças, fundamentos essenciais para despertar o pertencimento a cultura jovem urbana. O projeto é composto pelas organizações ASSOMAT (Associação sul-mato-grossense de amparo a criança e ao adolescente), com a professora IIdianne Silva, Projeto Resgate/CEACA, com a professora Bruna Oshiro, e Associação dos Moradores Jardim das Perdizes, sendo ministrado pela professora Luana Machado.

“Esse encerramento foi pensado para proporcionar a vivência artística, pensando na escolha dos figurinos, vivência de palco, preparação do trabalho artístico e toda emoção ao se apresentar para um público. Estima-se um público de 100 pessoas que irão prestigiar esse evento de encerramento para visualizarem todos o esforço e dedicação das crianças e adolescentes que participaram deste projeto”, ressalta Freitas.

Importância e expectativas

Coreografa, professora de danças urbanas em diversos projetos sociais de Campo Grande e diretora da Companhia Feminina de Danças Urbanas (Cia. de Dança Blaoow, Tayanara Freiras compreende que a dança é um recurso humano que promove a dignidade em uma sociedade.

“Além de garantir seu direito a um universo criativo e artístico, estimulamos a criatividade, a espontaneidade a cada indivíduo e os deixam mais reflexivos quanto ao seu papel na sociedade, trazendo seu pertencimento a um grupo social, uma cultura jovem que contém elementos atrativos para despertar vários atravessamentos na vida de cada criança e adolescente”.

Há 11 anos envolvida nas danças urbanas, Freitas contou em entrevista que foi um projeto de dança na adolescência que a salvou da ‘maldade’ presente nas regiões periféricas e vulneráveis por onde viveu.

“Eu vejo que projetos como esse, inseridos em diversas regiões periféricas, também podem afastar outras crianças e adolescentes das más escolhas que os acercam. O projeto através da metodologia prática teórica desenvolvem a conscientização da importância dos estudos juntamente com as aulas de Dança, dialoga possíveis carreiras a partir dela, disciplina, respeito às regras e as pessoas, e aprender os princípios que a cultura jovem urbana traz em sua historicidade, e com tudo isso transformando além de uma oficina somente com passos de dança para um aprendizado de vida”.

Para Freitas, com a boa recepção do ‘Dança e Acesso’, o foco agora é buscar pela continuidade do projeto, junto aos coordenadores das instituições. “Por meio de empresas parceiras, editais de fomento e outras captações para sua sustentabilidade. E se conseguir dar continuidade, expandir para outros locais que não conseguimos atender”, finalizou.

Por Carolina Rampi

 

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