Morre aos 90 anos, Carlos Lyra. O último grande nome da Bossa Nova

Foto: Divulgação
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O Brasil perdeu uma de suas maiores referências musicais neste sábado (16), com o falecimento do cantor, compositor e violonista Carlos Lyra. Nascido em 11 de maio de 1933, no Rio de Janeiro, Lyra faleceu aos 90 anos, deixando para trás um legado artístico indelével que marcou não apenas a música brasileira, mas também o cenário internacional.

Carlos Lyra destacou-se como um dos maiores melodistas da música brasileira de todos os tempos, compondo clássicos eternos como ‘Coisa mais linda’, ‘Minha namorada’, ‘Primavera’, ‘Sabe você’ e ‘Você e eu’. Sua parceria com renomados artistas como Vinicius de Moraes e Ronaldo Bôscoli contribuiu para a construção de um repertório que transcende gerações.

O músico estava internado no Rio de Janeiro desde quinta-feira (14) devido a um quadro de febre. A notícia de sua morte foi recebida com pesar por fãs e admiradores de sua obra, que se estende por décadas de contribuição à música brasileira.

O velório de Carlos Lyra será reservado para a família e amigos e ocorrerá no domingo (17), no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro. O adeus ao ícone da Bossa Nova promete reunir aqueles que desejam prestar homenagens a um dos maiores nomes da música nacional.

Além de suas contribuições como músico, Carlos Lyra desempenhou um papel fundamental na história da União Nacional dos Estudantes (UNE). Fundador do Centro Popular de Cultura em 1961, Lyra uniu-se a outros artistas na promoção da conscientização política e na construção de uma arte nacional, popular e democrática. O CPC da UNE foi responsável por levar apresentações e obras memoráveis para diversas regiões do Brasil.

A parceria duradoura entre Lyra e Vinícius de Moraes, imortalizada em clássicos como ‘Você e eu’, também resultou na composição do hino da UNE. O hino, uma ode à coragem e esperança, permanece como um testemunho do compromisso de Lyra com a causa estudantil.

Carlos Lyra não foi apenas um “melodista da bossa nova” como o descreveu Tom Jobim. Sua influência estendeu-se ao cinema nacional, onde contribuiu com trilhas sonoras para filmes icônicos como “Gimba”, “Bonitinha mas Ordinária” e “O Padre e a Moça”.

A despedida de Carlos Lyra representa o adeus ao último grande nome da Bossa Nova, mas sua música viverá eternamente.

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