Jovem Talento: Bailarina da Capital busca ajuda para se apresentar em festival no exterior

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O evento será realizado de 30 de julho a 5 de agosto de 2023 em Amsterdã

A bailarina Kemilly Guedes tem apenas 13 anos, mas uma imensa vontade de se destacar e uma fome voraz por atingir todas as conquistas possíveis por meio de seu esforço e, principalmente, disciplina, sendo considerada por seu professor um talento raro. Assim, tendo começado no balé há apenas um ano, a adolescente se prepara para participar do Gymnaestrada, evento mundial de dança e ginástica artística que será realizado de 30 de julho a 5 de agosto de 2023 em Amsterdã, na Holanda, e busca ajuda financeira para realizar esse sonho.

Quando perguntada sobre o que significa a dança para ela, Kemilly afirma não saber responder, mas traduz perfeitamente em palavras o que está em seu coração. “Ah, eu nunca soube responder o que significa a dança para mim, mas não é só de corpo e sim de alma também, é mergulhar em suas próprias emoções, é sentir aquele frio na barriga antes de subir no palco, ouvir os aplausos depois da apresentação, não tem preço. A dança é algo que faz eu me sentir viva, a dança trouxe uma outra família pra mim””

Ela declara que esse é um sonho que talvez nunca conseguiria viver, não fosse a dança, e afirma ter altas expectativas. “Minhas expectativas para a viagem são muitas, pois eu vou viajar com pessoas que são muito importantes para mim, e vou representar Mato Grosso do Sul e o Brasil, por isso minhas expectativas são grandes”, afirma a bailarina que tem planos de seguir carreira profissional na dança.

Quem lê o relato de Kemilly vê, em suas palavras, a vivência de alguém que está uma vida inteira envolvida com essa arte. Mas o balé é recente, segundo a mãe da menina, Mayane Daymis. “A Kemilly tem 13 anos e entrou no Ballet Amoc [Associação de Moradores da Coophavila II], com o professor Marcos André no ano passado, em setembro. Desde o início o professor percebeu que a Kemilly tinha um dom, ele nos falou que ela tem uma estrutura corporal perfeita para uma bailarina, achou até que ela já havia feito balé antes e nos disse que poderíamos investir nela, se ela quiser, porque ela tem talento para ser uma grande bailarina”, explica a mãe que, em seguida, conclui: “Quando na verdade, ela só fez ginástica artística por quatro meses na Funesp [Fundação Municipal de Esporte] aos 10 anos, e balé, mesmo, fez por pouco tempo na escolinha que estudava quando tinha 4 anos.”

Já a participação no evento internacional veio por meio de um credenciamento de duas escolas no Centro-Oeste. “O Gymnaestrada 2023 é um festival mundial, um evento ‘GPT – Ginástica para todos’ que é realizado na Europa a cada quatro anos para os atletas credenciados. Da Região Centro-Oeste no Brasil estão participando duas escolas, o Ballet Amoc, que é do professor Marcos André, e o Ballet Suzana leite. Assim, ela está na lista dos atletas credenciados, porém o balé não tem patrocínio ou ajuda de ninguém, cada aluno é responsável pelo gastos”, relata Mayane. Ela ainda explica que a viagem será em grupo, com as duas escolas, e que o Marcos André será o responsável.

Sobre como fica o coração em uma situação dessas, Mayane se derrete pela filha: “Ah, eu sou imensamente grata a Deus, pois sou muito orgulhosa da filha que tenho! Dentro de mim sempre soube que ela ia brilhar, e sempre farei o possível e o impossível para realizar o sonho dela, pois ela é nossa preciosidade, e eu tenho certeza de que ela irá alcançar lugares grandiosos”.

Aos olhos do mestre

O professor de balé de Kemilly, Marcos André de Oliveira, dá aulas de balé há 13 anos na Amoc, e ficou surpreso com a desenvoltura e habilidade da adolescente, que começou a fazer aulas no ano passado. Inicialmente, o professor imaginou que, pela estrutura corporal de Kemilly, o balé clássico seria mais indicado, mas sua surpresa acabou indo além. “Me surpreende muito por ela não ter feito balé antes, ela teve pouca vivência no balé: ela passou pela ginástica artística, fez um pouco de balé quando criança, mas a memória que ela tem de técnica de balé é surpreendente, me chama a atenção. Logo, logo, ela estará dançando com um bailarino chamado Felipe Natan, e os dois fazem a parte de solo dentro do corpo coreográfico”, adianta.

Sobre o que essa viagem pode vir a proporcionar para a bailarina, o professor acredita que os benefícios começam já dentro de casa. “Acredito que a ida dela para a Holanda seja enriquecedora, tanto para o conhecimento pessoal, cultural, e agrega muito aos familiares, porque um sonho desses você não realiza sozinho, você precisa da contribuição das pessoas próximas a você, então acaba aproximando a família para a realização desse sonho. Então, é um aprendizado e uma conquista muito grande, tanto para a bailarina, quanto para as pessoas que estão em volta dela. No caso, além da família, a comunidade acaba abraçando, também.”

Marcos também relembra que Kemilly já teve uma experiência de se apresentar fora. “Ela já teve uma experiência, de viajar com a gente para a Argentina e, quando voltamos de lá, eu ouvi relatos de bailarinos, que foi uma viagem incrível e eu acredito que esse ‘incrível’, seja pelas conquistas. Poder estar em outro país, vivenciar outra cultura, acho que você acaba valorizando mais o que você tem e o esforço que você fez para conquistar aquilo. A gente tem ensaiado bastante, eles são bailarinos bastante dedicados, a Kemilly também, então eu acho que todos esses esforços, quando eles veem isso se concretizando em uma viagem, veem o quanto vale a pena acreditar e investir em um sonho”, afirma o professor visivelmente orgulhoso de seus alunos.

Ajuda

O Gymnaestrada 2023 é um festival mundial. Considerado um evento “GPT – Ginástica para todos” que é realizado desde 1953 na Europa, a cada quatro anos, mas recebe atletas e bailarinos do mundo todo, tendo já sido realizado na Suécia, Alemanha, Grã-Bretanha, Finlândia, Dinamarca, Bélgica e Áustria, entre outros países.

Os custos para que a bailarina possa se apresentar na Holanda ficam em aproximadamente R$ 9 mil, mas a família não tem condições de arcar com tais custos.

Dessa forma, quem puder ajudar Kemilly pode entrar em contato por meio do número: (67) 99124- 0651 e falar com Mayane Daymis, mãe de Kemilly, ou pode ajudar com qualquer valor por meio da chave Pix: 027.363.891-23.

Por Méri Oliveira – Jornal O Estado do MS.

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