A apresentação de ‘Acústicos da Natureza’ ocorreu na noite de ontem (25) no Teatro Glauce Rocha e atraiu diversos fãs da cantora Tetê Espíndola, que se apresentou com a OCAMP ( Orquestra de Câmara do Pantanal), do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano.
O dentista Frank Pasinato, viajou quase 3 mil quilômetros para ver a cantora durante o Encontro com a Música Clássica 2022. Ele fez um bate-volta de Jaguaruna a Campo Grande para ver a artista, de quem é fã há cerca de cinco anos.
“Fiz a aventura de sair de Santa Catarina para vir para o show e já voltar, por causa do trabalho. Não queria perder essa oportunidade dessa junção da Tetê mais uma orquestra maravilhosa. E foi a gravação de um álbum. Para mim, foi motivo suficiente para estar aqui e ter esse marco na minha vida. Valeu a pena mil vezes”, afirmou Frank após o show, já preparando para percorrer os cerca de 1,4 mil quilômetros da volta para casa.
Para a escritora, musicista e ativista cultural Lenilde Ramos, que acompanha a carreira de Tetê Espíndola desde a década de 1960, a apresentação “foi um privilégio”.
“É um privilégio tudo: desde as primeiras melodias da Tetê, os primeiros voos da voz dela. Tenho o privilégio de acompanhar essa evolução e vê-la chegar hoje a essa maturidade espetacular, de tudo que ela viveu, criou e continua criando. Desde a craviola, da melodia que ultrapassa esse popular e chega em um clássico fantástico. Tanto que a Orquestra interpretou o clássico que tem dentro da Tetê”, descreveu.
Diretora executiva do Moinho Cultural, onde nasceu a OCAMP, Márcia Rolon lembrou que tocar ao lado de Tetê Espíndola foi algo inusitado, jamais imaginado pelos músicos da Orquestra de Câmara do Pantanal.
Além da apresentação se tornar um marco no currículo da OCAMP, Márcia garante que o mais incrível foi dividir o palco com a artista e toda sua energia.
“Não é um simples espetáculo, um simples show. É uma apresentação com 10 músicas inéditas e ainda ficará para sempre guardado no álbum. Há a possibilidade da gente criar e recriar isso, fazer outras parcerias. Até conseguir, talvez, levar esse espetáculo além-mar, além das nossas fronteiras”, disse.
Quem subiu ao palco e compartilhou o momento inédito com Tetê Espíndola descreveu o momento como “especial”. Violoncelista da OCAMP, Valério Reis contou que os ensaios foram muito detalhistas para que tudo saísse perfeito. “Ela é uma voz única da Música Popular Brasileira. Foi muito especial para a gente e uma oportunidade única que tivemos”, garantiu.
O contrabaixista da OCAMP, Henrique Lourenço, lembrou que os músicos receberam a primeira partitura há cerca de seis, sete meses. “Foi muito tempo dedicado aos ensaios. Tenho muito orgulho desta noite, por realizarmos esse grande concerto com uma artista nacional”, comemorou.
Sobre a OCAMP
Orquestra de Câmara do Pantanal (OCAMP), criada oficialmente em 2018, é uma denominação tradicional para um grupo musical composto por, aproximadamente, 20 pessoas e é o resultado de uma rigorosa seleção de músicos vinculados ao Instituto Moinho Cultural Sul Americano, instituição sem fins lucrativos com sede na cidade de Corumbá, que proporciona gratuitamente o desenvolvimento social e cultural à crianças e jovens da fronteira Brasil – Bolívia.
O grupo tem participado de diversas produções em âmbito nacional nas principais capitais brasileiras. Em fevereiro de 2022, se apresentou nos Emirados Árabes Unidos, na EXPO DUBAI, compondo a Orquestra Vale Música, representando o país em um concerto de música brasileira.
A OCAMP atua sob direção musical do maestro Eduardo Martinelli e, além da música tradicional de concerto, cultiva em seu repertório muitos outros gêneros musicais, atuando ao lado de importantes artistas da música clássica e popular; com missão de espalhar para o Brasil e para o mundo o resultado da arte cultivada no coração do Pantanal.
Leia Mais: Show de Almir Sater agita as comemorações aos 123 anos de Campo Grande
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.