Novo PAC sinaliza retomada da fábrica de nitrogenados UFN3 da Petrobras

Reprodução/Perfil News
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O novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) lançado pelo Governo Federal na última sexta-feira (11), tem investimentos de R$ 44,7 bilhões previstos para Mato Grosso do Sul. Nesse pacote foi incluso o contorno rodoviário na BR-158/262/MS em Três Lagoas.

Isso é uma sinalização que o Governo federal retomará a obra da fábrica de R$ 3,2 bilhões, paralisada em dezembro de 2014. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (semadesc), Jaime Verruck.

O secretário lembrou que o Governo do Estado tem feito inúmeras reuniões sobre o assunto para definir a retomada desta obra prioritária para o Governo estadual e federal.

“Tivemos reuniões com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, com o presidente da Petrobras Jean Paul Prates, com o ministro Fávaro e o vice-presidente Alckmin apresentando a situação da UFN3. Na oportunidade o ministro Fávaro destacou o Plano nacional de Fertilizantes que visa a redução da dependência do produto. E a UFN3 poderia atender a 15% do mercado do total de importação”, salientou Verruck.

“Diante deste desta mobilização envolvendo a ação do Governo de MS, da ministra Simone e da redefinição da Petrobras, que em março sinalizou que estaria retomando a obra. “Todo esse conjunto de faatores, motivou a decisão da estatal de finalização da fábrica”, reiterou.

Verruck afirmou que na semana passada o presidente da Petrobras, Jean Paulo Prates, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram, de uma reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce, para demonstrar que o governo brasileiro está interessado em retomar parceiras com governos e empresas da região para fortalecer a integração e desenvolver a economia da América Latina. Um dos assuntos foi a ampliação do fornecimento de gás boliviano para o Brasil.

Após o encontro, a ministra Simone Tebet lembrou que a Petrobras já manifestou, no seu plano de negócios, que pretende retomar os investimentos na área de fertilizantes e também sinalizou que, entre os projetos, se encontra a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), localizada em Três Lagoas.

Na reunião com o presidente boliviano, o presidente da Petrobras reafirmou que o Brasil tem interesse no gás boliviano e em outras oportunidades de negócios com o país vizinho. Na reunião, o presidente da Petrobras e os dois ministros combinaram uma visita à Bolívia, que deve acontecer entre setembro e outubro, para dar andamento às discussões e ao interesse reafirmado no encontro.

“Nesta ocasião a ministra apresentou à cúpula boliviana que precisamos ampliar o contato de gás precisamos ter também a disponibilidade gás natural”, frisou destacando que hoje a MSGÁS tem toda a possibilidade de ampliar a distribuição para atender a fábrica.

“Assim que tivermos o andamento da obra temos toda a possibilidade de ampliar a distribuição pela MSGÁS. São vários fatores positivos. Por isso está programado na próxima semana uma reunião com a Petrobras e o governador Eduardo Riedel entender o cronograma e quando isso retornará em projetos de engenharia.”

Histórico

A construção da UFN3 foi paralisada após a estatal romper o contrato com o consórcio responsável pela construção da fábrica, que, na época, já havia consumido mais de R$ 3 bilhões. No momento da paralisação a obra estava com 81% do total executada.

A fábrica tems capacidade de produzir 1.223 mil toneladas/ano de uréia (3.600 t/dia) e 70 mil toneladas/ano de amônia. A área construída é de 950.000 m² em um terreno de 4.250.000 m².

A indústria vai utilizar como matéria prima e insumos o gás natural e água, com previsão de consumo de 2,5 milhões m³/ dia de gás natural. Os principais produtos que devem ser produzidos são: uréia fertilizante perolada, uréia fertilizante granulada, uréia industrial, Reforce N e Uréia grau ARLA e Amônia. A previsão é de um faturamento anual de R$ 863,57 milhões. Acesse também: Índice de preços em Campo Grande tem queda de 0,12%

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