Morre aos 39 anos o senador e pré-candidato à Presidência da Colômbia Miguel Uribe

Miguel Uribe foi vítima de atentado na Colômbia - Foto: reprodução/redes sociais
Miguel Uribe foi vítima de atentado na Colômbia - Foto: reprodução/redes sociais

O senador colombiano Miguel Uribe, pré-candidato à Presidência pelo partido Centro Democrático, morreu na madrugada desta segunda-feira (11), em Bogotá, aos 39 anos. A morte foi confirmada por sua esposa, Claudia Tarazona, por meio das redes sociais.

Uribe estava internado desde 7 de junho, quando foi alvo de um ataque armado durante um ato de campanha na capital colombiana. Na ocasião, ele foi atingido pelas costas por um disparo efetuado por um adolescente de 15 anos e precisou passar por cirurgia devido a uma “leve diminuição da pressão intracraniana”, segundo boletim médico.

O ataque ocorreu enquanto o senador discursava em uma praça no oeste de Bogotá. Câmeras de segurança registraram a fuga do atirador e a reação da equipe de segurança, que conseguiu desarmá-lo. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o jovem admitindo que iria “dar os números” sobre quem teria ordenado o crime.

No dia 5 de julho, a Polícia Nacional prendeu Élder José Arteaga, conhecido como “El Costeño”, apontado como o articulador do atentado. Ele é acusado de recrutar o adolescente para executar o disparo. O governo colombiano, comandado por Gustavo Petro, classificou o caso como um ataque à democracia e determinou investigação rigorosa, envolvendo Forças Armadas, Polícia e órgãos de inteligência.

Trajetória política

Nascido em 28 de janeiro de 1986, em Bogotá, Miguel Uribe era bisneto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada pelo crime organizado em 1991.

Formado em Direito e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Los Andes, também possuía pós-graduação em Administração Pública pela Harvard Kennedy School. Iniciou a carreira política como vereador de Bogotá (2012–2015), sendo o mais jovem presidente do Concejo Distrital em 2014.

Entre 2016 e 2018, ocupou o cargo de secretário de Governo da capital, na gestão de Enrique Peñalosa, tornando-se o mais jovem a assumir a função. Em 2019, disputou a prefeitura de Bogotá como candidato independente pelo movimento “Avancemos”, alcançando mais de 426 mil votos.

Eleito senador em 2022 na lista do Centro Democrático, foi o mais votado em lista aberta. No início de 2025, anunciou sua pré-candidatura à Presidência para as eleições de 2026, surgindo como uma das principais lideranças conservadoras do país.

As circunstâncias exatas de sua morte e o andamento das investigações sobre o atentado seguem sob apuração das autoridades colombianas.

 

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