Durante ação na última sexta-feira, agentes localizaram quase 600 gramas de crack e prenderam o homem apontado como chefe do tráfico na região
Três pessoas foram presas na manhã da última sexta-feira (20), durante uma operação da Polícia Civil em Maracaju, município localizado a 160 quilômetros de Campo Grande. A ação teve como alvo uma residência na Rua Nestor Muzzi, no bairro Vila Juquita, onde, segundo as investigações, funcionava um ponto de armazenamento e distribuição de drogas.
De acordo com a polícia, a casa era conhecida na região como “guarda-roupas” — um local usado para estocar crack, que depois era distribuído a usuários que frequentam a antiga estação ferroviária do bairro Poeirinha.
As investigações apontam que, diariamente, por volta das 8h, o homem identificado como responsável pelo tráfico local se deslocava de sua casa no bairro Olídia Rocha até o imóvel na Vila Juquita. No local, ele e a companheira desenterravam parte da droga que ficava escondida em canteiros, dividiam o entorpecente e organizavam a distribuição para os vendedores que atuavam nas imediações da estação. Após as vendas, o dinheiro arrecadado era recolhido e entregue à mulher do suspeito, que, segundo a polícia, administrava o fluxo financeiro da atividade criminosa.
Ainda conforme a investigação, toda a logística de armazenamento, divisão das porções e controle financeiro era realizada dentro da casa alugada justamente para dificultar a ação da polícia. Para disfarçar a real finalidade do imóvel, um casal foi colocado para morar na residência.
Na sexta-feira, os policiais entraram no local no momento em que um dos envolvidos cavava um buraco no quintal para retirar parte da droga enterrada. Durante a operação, os agentes apreenderam nove porções de crack, incluindo meio tijolo da droga, totalizando 588 gramas, além de R$ 1.356 em dinheiro, um veículo Volkswagen Gol e celulares dos detidos.
As três pessoas foram presas em flagrante e levadas para a Delegacia de Polícia Civil de Maracaju, onde permanecem à disposição da Justiça.
Segundo o delegado responsável pelo caso, a associação criminosa já preparava a abertura de um lava-jato, que funcionaria como fachada para lavagem do dinheiro obtido com o tráfico. O estabelecimento seria inaugurado no mesmo dia da operação.
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