Correspondente bancário é torturado por dívida de R$ 350 e resgatado pela PM em hotel, na Capital

Foto: Divulgação
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Um correspondente bancário de 42 anos foi resgatado pela Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (18), após passar horas sendo mantido em cárcere privado e torturado por dois homens em um hotel localizado na Rua Dom Aquino, no centro de Campo Grande. O motivo das agressões teria sido uma dívida de R$ 350 relacionada a drogas, segundo relato da vítima à polícia. Os suspeitos foram presos em flagrante.

O caso veio à tona quando uma testemunha abordou uma viatura da PM que estava a caminho de outra ocorrência, alertando sobre a presença de dois homens armados agredindo alguém dentro do hotel. Os policiais foram imediatamente até o local.

Na recepção, os agentes encontraram a vítima sentada em uma cadeira improvisada com fios, posicionada de frente para um dos suspeitos. O homem apresentava sangramentos no rosto, estava visivelmente em estado de choque e relatou ter sido espancado com socos e chutes ao longo da noite.

Segundo a vítima, tudo começou quando foi abordado por Marcos Serrano de Mesquita Chaparro, 28 anos, na rua, próximo a um supermercado, acompanhado de sua esposa. Armado, o homem exigia o pagamento da dívida e obrigou o correspondente a ir até o hotel onde estava Flávio de Oliveira Silva Campos, de 43 anos.

No quarto do hotel, a vítima foi mantida em cárcere, agredida e ameaçada com uma arma apontada constantemente em sua direção. A arma, uma pistola de brinquedo, foi posteriormente encontrada em um dos cômodos do estabelecimento.

Na delegacia, Marcos negou as acusações e afirmou que a vítima havia ido até sua casa e que a cobrança era por um suposto furto cometido contra ele. Alegou ainda que a arma usada era falsa. Sua esposa compareceu à delegacia horas depois e confirmou essa versão, dizendo que o homem teria furtado objetos da casa do casal, inclusive mencionando supostas imagens de câmeras de segurança como prova, ainda não apresentadas à polícia.

Já Flávio preferiu não prestar declarações e permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

Ambos foram autuados por tortura, sequestro e cárcere privado. Marcos possui antecedentes criminais por tráfico de drogas, receptação, porte ilegal de arma de fogo, homicídio qualificado e infrações de trânsito. Flávio tem passagem por ameaça.

A vítima foi encaminhada para atendimento médico e exames de corpo de delito. A Polícia Civil deve investigar as circunstâncias do caso, incluindo a suposta acusação de furto mencionada pela defesa dos suspeitos.

A ocorrência foi registrada na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), e os presos devem passar por audiência de custódia nas próximas horas.

 

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