O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quarta-feira (9) da 9ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, marcada por discussões sobre os recentes embates comerciais com os Estados Unidos e por iniciativas de maior integração entre os países da região.
O encontro ocorre em meio à revitalização da Celac, única organização que reúne os 33 países da América Latina e do Caribe. Após a saída do Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a volta do país ao bloco foi confirmada no início do terceiro mandato de Lula, que agora retoma protagonismo nas discussões multilaterais do continente.
Entre os temas centrais da cúpula está o “tarifaço” anunciado pelo governo norte-americano, liderado por Donald Trump, que tem adotado medidas protecionistas e políticas migratórias mais rígidas. A tensão gerada pelas novas tarifas impostas pela Casa Branca deve ser um dos principais pontos de debate entre os líderes regionais, que buscam formas conjuntas de resposta e cooperação frente aos impactos econômicos.
A delegação brasileira também leva à mesa uma proposta diplomática: a defesa de uma candidatura única e feminina à secretaria-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O mandato de António Guterres se encerra em 2026, e o Brasil articula apoio regional para apresentar uma alternativa feminina de consenso.
Além das discussões geopolíticas, a cúpula deve oficializar a transferência da presidência temporária da Celac de Honduras para a Colômbia. Ao fim do encontro, será divulgada uma declaração conjunta com os compromissos e diretrizes definidos pelos países-membros.
Segundo o Itamaraty, a expectativa é de que o encontro promova um diálogo amplo sobre os desafios atuais da região, que incluem não apenas questões comerciais, mas também temas como mudanças climáticas, segurança alimentar, combate à pobreza e defesa da democracia.
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