Mais de 44 milhões de brasileiros, entre pessoas físicas e jurídicas, ainda possuem dinheiro disponível para resgate no Sistema Valores a Receber (SVR), de acordo com o Banco Central. O sistema, que foi lançado para facilitar o resgate de valores esquecidos em instituições financeiras, ainda conta com mais de R$ 8,59 bilhões disponíveis para consulta. Desde o início da plataforma, aproximadamente R$ 8 bilhões já foram sacados pelos usuários.
O Banco Central anunciou que a partir de quinta-feira (16), quem não solicitar os valores esquecidos poderá perder o direito de resgatá-los, já que esses montantes poderão ser confiscados pela União. A medida está prevista na Lei nº 14.973, que determina a utilização dos valores não resgatados para compensar a desoneração de setores econômicos.
No entanto, os cidadãos que perderem o prazo ainda terão seis meses para contestar o confisco judicialmente e reivindicar seus valores.
Apesar da possibilidade de perder os valores, muitos cidadãos ainda não realizaram o saque. Em agosto de 2024, o menor montante de resgates foi registrado, com apenas R$ 255 milhões solicitados. Em contraste, maio foi o mês com o maior volume de saques, totalizando R$ 328 milhões.
A maioria das pessoas físicas tem valores pequenos a receber, com destaque para os seguintes grupos:
– 33 milhões de pessoas com valores entre R$ 0 e R$ 10;
– 13 milhões de pessoas com valores entre R$ 10,01 e R$ 100;
– 5,2 milhões de pessoas com valores entre R$ 100,01 e R$ 1.000;
– 940 mil pessoas com valores superiores a R$ 1.000.
O processo de consulta e resgate é simples e gratuito. Veja o passo a passo para realizar a verificação:
– Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br;
– Insira o CPF ou CNPJ para verificar se há valores a receber;
– Para herdeiros, é necessário informar a data de nascimento do falecido;
– Caso tenha valores a receber, anote a data informada pelo sistema;
– Cadastre-se no site Gov.br (nível prata ou ouro) se ainda não tiver um login;
Na data informada, acesse novamente o site, faça login com o Gov.br e solicite a transferência.
Os valores serão preferencialmente transferidos via Pix, mas, se o cidadão não fornecer uma chave Pix, a instituição financeira entrará em contato para efetuar o pagamento.
Atenção aos golpes
O Banco Central alerta que o serviço do SVR é gratuito e que não há necessidade de pagamento de taxas para realizar o resgate. O órgão orienta a população a ficar atenta a possíveis golpes de estelionatários, que podem alegar intermediação para o resgate de valores. O Banco Central não envia links ou entra em contato solicitando dados pessoais.
O correntista deve fornecer informações apenas à instituição financeira que aparecer na consulta oficial e jamais compartilhar senhas ou dados pessoais com terceiros.
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