Três animais foram resgatados de um incêndio e tráfico de animais pelo Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS) do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Os animais foram levados ao Hospital Ayty.
Os animais são dois lobinhos(Cerdocyon thous) com aproximadamente duas a três semanas de vida, foram resgatados após um incêndio atingir uma área de mata no bairro Flor de Maio, em Dourados. Outro resgatado, foi um macaco vítima do tráfico de animais em Ponta Porã.
A Guarda Municipal de Dourados foi a primeira a localizar os filhotes de lobo, entregando-os à Polícia Militar Ambiental (PMA), que, em seguida, os encaminhou ao CRAS. No Hospital Ayty, os lobinhos passaram por exames clínicos que verificaram suas condições de saúde, incluindo temperatura corporal, desidratação, e escore corporal.
Apesar de aparentarem boas condições, os filhotes foram isolados para receber cuidados intensivos, com alimentação à base de leite. Quando maiores, iniciarão uma dieta que inclui alimentos sólidos, carne e frutas, além de um treinamento específico de caça, essencial para seu retorno à natureza.
Operação contra o tráfico de animais
O macaco foi apreendido na região central de Ponta Porã, sendo carregado no ombro de um homem sem a devida documentação de transporte ou certificado de origem. Embora não tenham ocorrido prisões, o animal foi encaminhado ao CRAS, onde também recebeu os primeiros cuidados veterinários.
Veado-catingueiro
Além dos lobinhos e do macaco, o CRAS também está cuidando de um filhote de veado-catingueiro (Subulo gouazoubira), resgatado durante um incêndio florestal na Aldeia Alves de Barros, entre os municípios de Bodoquena e Bonito. “Resgatado pelo Prevfogo/IBAMA, o filhote, apesar de não apresentar lesões aparentes, requer cuidados especiais devido à sua condição de orfandade e permanecerá no centro até atingir a fase adulta”, comentou Aline Duarte, gestora do CRAS.
O Hospital Ayty é reconhecido como um dos mais avançados centros de atendimento a animais silvestres no Brasil, com uma estrutura de 1.153,33 metros quadrados. As instalações incluem salas de biólogos e veterinários, ultrassom, laboratórios de patologia clínica, salas de cirurgia e pós-operatório, e áreas específicas para quarentena e triagem de aves, répteis e mamíferos. Essa infraestrutura permite que a equipe ofereça um tratamento eficaz e seguro, garantindo a recuperação completa dos animais resgatados.
“Esses casos ressaltam a importância do trabalho contínuo das equipes de resgate e da estrutura oferecida pelo Hospital Ayty e pelo CRAS, fundamentais na preservação da biodiversidade e na recuperação de animais vitimados por ações humanas e desastres ambientais”, comentou André Borges.
Com informações da Agência de notícias de MS.
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