Campanha defende que empresas também sejam isentas do imposto de importação

Divulgação
Divulgação

Com o objetivo de sensibilizar o poder público e a sociedade em geral sobre a igualdade de condições para o comércio nacional, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lançou uma campanha publicitária defendendo que empresas brasileiras também sejam isentas do imposto de importação em compras de produtos até US$ 50 (cerca de R$ 250). As peças, compostas por vídeos, anúncios de página inteira, banners e posts, serão veiculadas até o dia 20.

Na televisão aberta, o vídeo será veiculado na TV Globo e na Record TV. Já na TV fechada, a campanha abrange CNN e GloboNews. Os anúncios também serão publicados em O Globo, Valor Econômico, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro e Metrópoles. Além disso, as redes sociais da CNC terão ações com posts falando diretamente aos empresários que enfrentam a competição desleal de produtos estrangeiros que não pagam os mesmos impostos recolhidos no Brasil.

“Defendemos a igualdade em termos tributários para que produtos nacionais e importados tenham as mesmas condições de mercado e, assim, promover um futuro mais justo para todos”, frisa a campanha, também presente em comerciojusto.cnc.org.br.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, reforça que a Confederação defende o comércio justo e com igualdade de condições para competir. “Por conta do impacto negativo no comércio interno, é fundamental que as empresas brasileiras tipicamente importadoras de produtos acabados até US$ 50 tenham as mesmas premissas que as demais beneficiadas”, afirma o presidente. Ele enfatiza que a isonomia tributária com o imposto de importação é imprescindível para a preservação dos estabelecimentos e dos empregos diretos no comércio interno e os indiretos nos demais setores da cadeia de compras e fornecimento.

O gerente executivo de Comunicação e chefe do Gabinete da Presidência da CNC, Elienai Câmara, reforça a importância da campanha. “A mensagem que passamos com as peças produzidas é que, com a isonomia defendida pela Confederação, o comércio e os consumidores ganham”, ressalta.

Pesquisa

A CNC realizou uma pesquisa com 2.377 empresas de todos os segmentos do varejo para medir o tamanho das vendas expostas à competição desleal. O estudo, realizado pela Diretoria de Economia e Inovação da entidade, foi encaminhado ao Ministério da Fazenda.

Os resultados mostraram que 52,4% do faturamento do varejo no País é de itens com preços finais até R$ 250, valor que, com a nova regra de taxação do e-commerce, é isento de imposto de importação para pessoas físicas. Considerando os produtos amplamente transacionados pelos sites internacionais, cerca de R$ 370 bilhões por ano em vendas sofrerão com a forte competição dos itens de pequeno valor sem imposto.

A pesquisa identificou que 64% das lojas de produtos farmacêuticos, cosméticos e perfumaria têm a maior parte de suas vendas com valores inferiores a R$ 250 e são as potencialmente mais afetadas. Em seguida, estão os segmentos de roupas e calçados e os de artigos esportivos e culturais, com 51%. Depois, com 37%, estão os comércios de artigos de uso pessoal e doméstico e os de eletroeletrônicos, informática, móveis e decorações.

Levando-se em conta apenas os cinco segmentos mais prejudicados, mais de R$ 369 bilhões das vendas anuais sofrerão com a forte competição dos importados de pequeno valor e poderão ser perdidas. Esse valor representa 13,1% do faturamento anual do varejo brasileiro. Além disso, cerca de 1,5 milhão de pessoas estão empregadas diretamente nas atividades mais impactadas, ou seja, 18,6% dos postos de trabalho no varejo e 2,8% de todo o emprego no País.

Leia mais: Vitrines decoradas são ‘carta na manga’ para atrair clientes, no Dia dos Namorados

Vitrines decoradas são ‘carta na manga’ para atrair clientes, no Dia dos Namorados

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *