Bebê prematuro morre de Covid-19; MS registra mais de mil casos e 7 mortes

Foto: Reprodução/Agência Brasil
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Mato Grosso do Sul contabilizou 1.135 infecções de Covid-19 e sete mortes, dentre elas a de um bebê de menos de um ano, na cidade de Dourados, a 238 quilômetros de Campo Grande. Os dados são referentes aos últimos sete dias, de acordo com os dados do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgados nesta terça-feira (29).

No boletim divulgado na semana anterior pela Secretaria, o número de casos foi menor, com 946 infecções e nenhuma morte. As vítimas desta semana eram dois homens de Campo Grande, de 47 e 88 anos, que apresentavam comorbidades como diabetes e doenças cardiovasculares e respiratórias, uma mulher, também da Capital, com 68 que possuía doença hepática crônica; um homem de Laguna Carapã, de 88 anos; um homem de Bela Vista, também com doenças anteriores.

Houve duas vítimas em Dourados: um homem, de 65 anos, portador de imunossuficiencia e um bebê de menos de um ano, que havia nascido prematuro. O caso foi notificado em 24 de novembro e a vítima morreu no dia seguinte.

Entre os município com maior incidência de casos nos últimos setes dias estão Ponta Porã (243), Campo Grande (158), Dourados (109), Nova Alvorada do Sul (70), Naviraí (64) e Três Lagoas (60). Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul contabiliza 584.820 casos confirmados e 10.855 óbitos por Covid-19.

São 19 pessoas hospitalizados por conta da doença: 13 em leitos clínicos, desses 12 pessoas em hospital público e uma no privado; e seis em leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). E 1.626 estão em isolamento domiciliar.

Vacinação

A partir desta segunda-feira (28) o público alvo para a vacinação do segundo reforço do imunizante contra a Covid-19  foi ampliado para toda a população com 18 anos ou mais, que recebeu a 3ª dose (primeiro reforço) há pelo menos quatro meses.

A vacina está disponível em mais de 50 pontos de imunização. A ampliação faz parte da estratégia da Sesau (Secretária Municipal de Saúde) para tentar evitar um novo crescimento de casos, já que o plano de ampliação do público alvo começou a dez dias. Mesmo em meio a baixa adesão, a Capital segue também com a aplicação da Pfizer Baby em crianças de seis meses a dois anos.

O primeiro reforço pode ser aplicado em toda a população com 12 anos ou mais, obedecendo o mesmo intervalo, ou em quem tem 18 anos ou mais com imunocomprometimento – para este público é necessário um intervalo de 28 dias da segunda dose.

Crianças a partir de 2 meses que ainda não recebeu nenhuma dose contra Covid também podem tomar a vacina, assim como quem já cumpriu o intervalo recomendado pelo fabricante de cada uma das vacinas.

Aumento de casos na Capital

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) está acompanhando um crescimento no número de atendimentos a pacientes sintomáticos nas unidades 24 de Campo Grande. Além da subvariante BQ.1, que está em circulação pelo país, a pasta alerta para a baixa procura pelas doses de reforço da vacina.

Apesar de ainda não ter sido isolada, acredita-se que esta mutação do vírus já está circulando em Campo Grande, uma vez que a maior parte dos voos que saem da cidade passam por locais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde já foi confirmada a presença da BQ.1. 

A superintendente de vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, explica que é apena uma questão de tempo para que haja a identificação da nova variante na Capital. “A cada dia cresce o número de estados que confirmam a circulação dela, e aqui não será diferente”.

O aumento de casos também gera um crescimento na procura por testes. Em novembro, o total de exames coletados foi cerca de 51% maior que em outubro. Até o dia 23 de novembro, eram 3.971 coletas contra 2.625 durante o mês passado. 

Esse crescimento gera uma subida no total de casos positivos confirmados. Durante a semana epidemiológica 45, que foi do dia 20 a 26 deste mês, a positividade dos testes foi de 8,2%, ou seja, a cada cem exames realizados, pouco mais de oito eram positivos. Na semana anterior, a cada cem testes feitos, pouco mais de 5 pessoas estavam com Covid-19. 

Desde o ano de 2020, Campo Grande registrou 4.601 mortes pela doença e os índices de internação podem ser sinais de crescimento. “Nossos números são muito baixos, mas já é possível perceber um crescimento, no mês passado somente uma pessoa foi internada, neste mês já são cinco, sendo três delas em leitos de UTI”, alerta Veruska. 

Ela ainda completa que a vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra o vírus, e que para evitar riscos de formas graves da doença, o melhor é estar com as doses de reforço em dia. “Pouco mais de 145 mil doses foram aplicadas em pessoas que estavam atrás do segundo reforço, é um número muito pequeno frente à população apta se vacinar”, conclui. 

Com informações da repórter Lethycia Anjos.

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