“O problema é que a maioria das pessoas não completou o ciclo vacinal”, disse Azambuja
Na manhã dessa quinta-feira (17), o atual governador do Estado de Mato Grosso do Sul participou de uma coletiva de imprensa para falar sobre o processo de transição da Governadoria, que será assumida no próximo ano pelo candidato eleito Eduardo Riedel. Na ocasião, o governador foi questionado sobre a baixa adesão da população pela dose de reforço da vacina contra a COVID-19, e quais providências o Estado pretende adotar para modificar esse cenário.
De acordo com Azambuja, o grande problema é que a maioria das pessoas não completou o ciclo vacinal, e isso faz com que o Estado precise desenvolver medidas para evitar o desenvolvimento da doença. “Já estamos investindo em campanhas publicitárias para incentivar as pessoas a tomarem as doses de reforço, além de orientá-las a redobrarem as medidas preventivas que já foram tão divulgadas, entre elas a utilização de máscaras de proteção”, disse.
O secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, reafirmou o andamento de uma grande campanha publicitária de incentivo e disse ainda que o maior intuito é reforçar o comunicado para a adoção das medidas de biossegurança, e principalmente para que as pessoas procurem as unidades de saúde para completar o ciclo de imunização, tendo em vista que não se vacinar pode ocasionar o aumento dos casos.
Fiocruz
A Fiocruz, por meio do Observatório COVID-19, também reforçou a recomendação da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, com relação ao uso de máscaras em locais fechados ou com pouca ventilação, ou com aglomeração de pessoas, justamente em razão do aumento recente do número de casos da doença no país.
Segundo comunicado da fundação, a recomendação se estende especialmente a pessoas com fatores de risco para complicações da COVID-19, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades. E ressaltou ainda que a vacinação é a melhor medida de proteção individual e coletiva contra a COVID-19.
Boletim Epidemiológico
Flávio também chamou a atenção para o último boletim epidemiológico, no qual foram constatadas apenas duas mortes, sendo uma delas de um idoso sem todas as vacinas, o que ratifica mais uma vez a importância da imunização por completo.
Ainda conforme o secretário, a adesão das vacinas em crianças também é preocupante, tendo em vista que, desde o início, apenas 16 crianças receberam o imunizante. “O fato é que a pandemia não acabou e agora nós estamos diante da nova subvariante ômicron, então, nesse cenário, todo o cuidado é pouco”, disse.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na última quarta-feira (16), as mortes por COVID-19 seguem em número estável em Mato Grosso do Sul há pelo menos, oito semanas. O índice é inferior a uma morte por semana desde 27 de setembro deste ano.
De acordo com o vacinômetro, atualizado todos os dias pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, das mais de 733 mil pessoas que tomaram a primeira dose da vacina, cerca de 380 mil tomaram pelo menos a 3ª dose de reforço. Vale lembrar que a quarta dose já está disponível em Mato Grosso do Sul e a quinta dose já está sendo aplicada em alguns estados.
Por Tamires Santana – Jornal O Estado de MS.
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