Aguinaldo César Souza, 37, morreu ao ser baleado com, pelo menos, seis tiros de arma de fogo durante um atrito com o padrasto de sua filha, de 13 anos, na tarde desta segunda-feira (10), na Rua Francisco Alves Militão, região do Bairro Jardim Monumento, em Campo Grande.
Em um carro vermelho, a vítima foi até o endereço onde a mãe da criança mora, para buscar sua filha. Uma testemunha revelou que a vítima foi até o imóvel para conversar e alinhar as visitas com a menina. Porém, o padrasto não aceitou e efetuou os disparos.
Para a reportagem, instantes após o crime, a esposa da vítima que chegou ao local chorando, e o irmão do autor, contaram duas versões que divergem sobre que aconteceu daqui em diante. A mulher fala que Aguinaldo não invadiu o imóvel, enquanto o irmão diz que sim.
O irmão do padrasto relata ter ouvido a história pela própria criança, de que o pai teria ido buscá-la, mas ela se negou a ir. Em seguida a vítima começou a agredir o autor do crime.
Outro ponto da história que não bate, entre a esposa de Aguinaldo e o irmão do autor, é sobre o histórico da relação entre Aguinaldo e o padrasto. Para o irmão, o conflito entre os dois é antigo e familiares do autor já sabiam que a vítima andava armada. Já conforme a esposa do autor, ninguém sabia de nada.
Pelo menos três disparos atingiram o peito e um, perfurou as costas de Aguinaldo. Na sequência o autor fugiu, mas foi qualificado pelos policiais logo depois como um homem de 31 anos. A criança viu a cena do crime e precisou ser levada para unidade de saúde para o CBM (Corpo de Bombeiros Militar), visto que estava passando mal após tentar socorrer o pai após os disparos.
Investigação
Segundo o Delegado da Polícia Civil, Felipe de Oliveira Paiva, os elementos do crime ainda são poucos. “Não sabemos o que aconteceu no momento de discussão, apenas que durante o fim de semana, a criança deveria que ter ficado com o pai, mas ela não quis ir. Ocasião na qual o pai foi hoje, até a casa, para ver o que estava acontecendo.”
Sobre as ameaças antigas, o Delegado afirma que não existe provas que indique isso, mas pode ser que surja nos próximos levantamentos. “A discussão foi atual, até porque a agressão passada não justifica legitima defesa. O pai veio até a residência, entrou em discussão com a mãe ou com a mãe e o padrasto.”
“A vítima tem pelo menos 10 perfurações de arma de fogo, mas a perícia criminal vai quantificar corretamente. Tem perfurações nas costas. Porém, a perícia ainda não indicou de qual direção os tiros vieram. Pode ser entrada ou saída de bala”, explica Felipe sobre a hipótese de Aguinaldo ter sido baleado pelas costas.
Pelo menos três disparos atingiram o peito, enquanto um perfurou as costas de Aguinaldo. Na sequência o autor fugiu, mas foi qualificado pelos policiais logo depois como um homem, de 31 anos, que se evadiu do local. Familiares dizem que o autor se apresentará na delegacia para responder inicialmente por um homicídio simples.
“Não sabemos o teor da discussão, e também se houve luta corporal. não temos elementos ainda para afirmar outra hipótese”, finaliza o delegado. Acesse também: Homem morto no Nova Lima tinha passagem por roubo e estupro
Com informações dos repórteres Willian Leite com Marcos Maluf