Por Rafaela Alves – Jornal O Estado do MS
A Polícia Civil informou que ainda não foi notificada sobre o pedido de afastamento da delegada Maira Pacheco, responsável pelo inquérito instaurado para investigar supostos crimes cometidos pelo candidato ao governo do Estado Marquinhos Trad.
A defesa de Trad entrou com mandado de segurança, em caráter de liminar, para afastar a delegada por atos ilegais e abuso de poder praticados em inquérito para investigar suposto assédio.
“Nós não fomos notificados, nem intimados”, ressaltou a delegada. O delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, confirmou que o órgão não foi notificado e que “seguem trabalhando” no inquérito policial que completou um mês ontem (18) e teve o prazo prorrogado para realização de mais diligências
Segundo nota encaminhada pela assessoria do ex-prefeito, o pedido de afastamento se deu após as advogadas de defesa Rejane Alves de Arruda e Andréa Flores encontrarem novas evidências de ilegalidades no inquérito policial. E que, na avaliação da defesa, a delegada não tem tomado cautela necessária para evitar que os elementos de informação colhidos no inquérito policial sejam indevidamente publicitados. “Elas entendem estar claro que em nenhum momento tem sido considerado pela delegada o fato da presente investigação se tratar de uma armadilha com fins políticos para incriminar falsamente Marquinhos e desestabilizar a sua candidatura”, diz trecho da nota.
“Portanto, em face das ilegalidades retratadas e do abuso de poder constatado, a alternativa que resta ao impetrante é valer-se do presente mandamus para ver garantido o direito de ser investigado por autoridade que se submeta, à risca, aos princípios da legalidade e da impessoalidade… Caso continue na presidência do Inquérito nº 3007/2022, a autoridade impetrada continuará a agir ao arrepio dos princípios da legalidade e impessoalidade, havendo risco de a medida definitiva ora pleiteada se tornar ineficaz, se não deferida de pronto.”
A defesa pediu oitivas do Ministério Público para oferecer parecer sobre o caso. No pedido foram anexadas 34 provas, como um vídeo da mulher do exterior relatando que foi procurada para apresentar falsa denúncia. Ainda conforme a nota, essa mulher que mora em Dubai, além de ter sido contatada por um jornalista e pela delegada, teria recebido mensagens de uma candidata a deputada federal dizendo que “arcaria” com os custos da viagem até a Capital.
No pedido foram anexadas 34 provas, como um vídeo da mulher do exterior relatando que foi procurada para apresentar falsa denúncia. Ainda conforme a nota, essa mulher que mora em Dubai, além de ter sido contatada por um jornalista e pela delegada, teria recebido mensagens de uma candidata a deputada federal dizendo que “arcaria” com os custos da viagem até a Capital.
Veja mais sobre o caso: Ex-servidora denuncia ter sofrido assédio sexual por pré-candidato ao governo de MS
Leia a edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.