Vacinação antirrábica: Meta do CCZ é imunizar 80% da população de cães e gatos em Campo Grande

CCZ monta ponto de vacinação na Ary Coelho

Apesar de ser uma doença controlada, a raiva preocupa tutores de animais e autoridades – que anualmente promovem campanhas de vacinação. A antirrábica é a única forma de prevenir contra a enfermidade e manter os pets saudáveis.

Pensando nisso o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) iniciou essa semana a Campanha Anual de vacinação. A meta é imunizar 80% da população estimada em 224.563 cães e 63.205 gatos, mantendo assim o controle da doença em Campo Grande. As doses são gratuitas e protegem os animais contra a enfermidade, que pode ser fatal.

Ao todo, 75 agentes de combate a endemias estarão envolvidos na visitação dos imóveis e vacinação dos animais. O trabalho iniciou-se no bairro Nova Lima e se estenderá pelos demais bairros da região do Segredo. Ao longo da campanha os servidores percorrerão as sete regiões urbanas e distritos do município, seguindo um cronograma preestabelecido.

Na campanha do ano passado, o órgão vacinou 198.607 animais, sendo 50.601 felinos e 148.006 caninos. Desde 2005 é feito o trabalho de vacinação de casa em casa. A médica-veterinária Cláudia Macedo explica que para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses de idade e estar saudável.

“Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, enfatiza.

A veterinária destaca que, apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, o município registra anualmente diagnóstico positivo para raiva em morcegos. “Esses animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, diz.

Raiva humana

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, levando à morte em quase a totalidade dos infectados, e sendo de grande relevância para a saúde pública.

O CCZ esclarece que há morcegos positivos para a raiva no município, sendo primordial a vacinação de cães e gatos uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.

As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós-exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos.

Como medidas de prevenção, a orientação é de que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama, entre outros locais ou comportamentos não habituais), é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ. Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.

Em Campo Grande, o último caso de raiva humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, quando, após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de raiva canina, cujo cão adquiriu a doença por meio do contato com um morcego contaminado com o vírus.

Por fim, Cláudia ressalta que é imprescindível a colaboração de todos os tutores de cães e gatos, recebendo os agentes do CCZ que executarão suas atividades, dessa forma também cuidando da saúde da população humana.

Os servidores estarão uniformizados e portando crachá de identificação funcional. Caso o morador desconfie de alguma atitude suspeita ou queira tirar alguma dúvida sobre a ação, o órgão disponibiliza o número (67) 3313-5000.

Ponto fixo de vacinação no CCZ

Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro, será deixado um comunicado para que o tutor leve o animal ao CCZ para a aplicação da vacina antirrábica. O horário de funcionamento do órgão para vacinação é de segunda a sexta-feira, de 7 às 21 horas, e aos sábados, domingos e feriados, de 6 às 22 horas.

Seviço:

O CCZ está localizado na Avenida Filinto Muller, 1.601 – Vila Ipiranga, em Campo Grande – MS.

Por Bruna Marques – Jornal O Estado de MS.

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