Os pets, as crianças e a pandemia

Foto: Ilustrativa
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Ter um animal de estimação em casa é bom para o desenvolvimento físico e emocional dos pequenos

A relação entre animais e as crianças é uma das mais bonitas que existem e com o isolamento social esse contato acabou se intensificando ainda mais. Estudos apontam que os animais influenciam positivamente o desenvolvimento antes da adolescência.

De acordo com a professora da Faculdade Anhanguera, Juliana Ferreiro Vieira, durante o isolamento social, quando as atividades ao ar livre estão restritas, contar com a companhia de um animal doméstico pode auxiliar no desenvolvimento social e emocional das crianças. “A decisão de ter um animal de estimação sempre foi pautada pela responsabilidade e empatia. Até hoje, estudos apontam que os animais influenciam positivamente o desenvolvimento antes da adolescência. Além disso, entre outros benefícios de ter um animal de estimação, estão o alívio do estresse e transtornos de humor também causados pelo isolamento social, evita a sensação de solidão e problemas de sono, revela a docente.

Mas, o que as famílias devem levar em conta antes de adotar um bichinho? Juliana afirma que antes de tudo, é preciso promover um ambiente acolhedor ao animal. Também é preciso saber que adotar um animal gera uma série de responsabilidades, cuidados e gastos com alimentação, vacinas, banho e tosa, acompanhamento veterinário, como também o tempo dedicado ao pet com brincadeiras e passeios.

“Outro ponto é avaliar o estilo de vida do tutor. Além disso, é preciso ter a consciência de que o animal tem necessidades físicas, mentais e comportamentais. O tutor também precisa pensar no porte e temperamento do animal que se encaixe em sua realidade. Um animal de grande porte precisa de espaço e atividades físicas regulares. Já um animal de médio ou pequeno porte, podem se adaptar melhor a menores espaços. O temperamento do animal também é fundamental de se avaliar. Animais agitados demandam o maior gasto de energia do que os de temperamento mais tranquilo. Mas, o principal é prover amor ao pet, ter a consciência de que a adoção é um ato de carinho”, esclarece.

As mudanças de hábitos acarretadas pela pandemia de coronavírus também têm impacto na convivência com os pets, muito em decorrência da diminuição ou suspensão dos passeios na rua. Uma saída é passear com os animais em horários de menor fluxo de pessoas, em locais abertos e em pequenas distâncias. Como também, higienizar pelos, patas e focinho do animal quando retornar para casa, lavar as mãos antes e depois de brincar com o pet ou manusear seus pertences.

“Caso seja necessário levá-lo ao veterinário, procurar agendar a consulta previamente. Substituir brincadeiras ao ar livre por atividades em casa também é uma opção. Caso o tutor tenha contraído o coronavírus, é recomendável pedir que outra pessoa cuide do animal. Se não for possível, o distanciamento deve ser aplicado também ao pet”, aconselha.

A professora deixa claro que, até o momento, não dá evidências de que animais de estimação possam contrair ou transmitir o coronavírus. “Um estudo recente, realizado pela agência nacional de segurança sanitária da França, mostrou que os animais domésticos, bem como animais silvestres, não desempenham um papel epidemiológico na propagação do coronavírus”, finaliza.

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