[Texto: Livia Bezerra, Jornal O Estado de MS]
Tendo como temática a mulher, o ambiente urbano, o periférico, o transgênero, o negro, o índio, o favelado, em imagens ora mais figurativas, ora mais abstratas, porém cheias de sentidos e possíveis interpretações, a exposição “Transvisões” será aberta nesta terça-feira (6), às 19h, no MIS (Museu da Imagem e do Som).
Trata-se de uma parceria entre o Coletivo Transvisões com o MIS e reúne a produção de jovens artistas de Mato Grosso do Sul que, com suas obras, representam as questões da sociedade sul-mato-grossense contemporânea; por isso, vale a pena conferir. Uma das obras da mostra retrata a artista Lídia Baís, importante pintora e desenhista do Estado.
Entre esta terça-feira (6) e o dia 30 de junho, estará no MIS a exposição “Transvisões”, do Coletivo Transvisões, com fotografias de jovens artistas sul-mato-grossenses, como o Leo Bueno, que retrata a influência do mangá, além da figura transgênero. Outra artista participante é a Erika Pedraza, que expressa a presença da mulher negra, sob influência da linguagem dos quadrinhos do grafite, no estilo do desenho, e também nas tags usadas.
Uma das organizadoras da mostra, Eliane Fraulob, destaca as linhas de pesquisa dos trabalhos e revela quem são os artistas que compõem a exposição. “É onde ocorre a interseção dos trabalhos de alguns jovens artistas de Mato Grosso do Sul. É o cruzamento de diferentes linhas de pesquisa que, juntas, demonstram a amplitude das linguagens artísticas presente no nosso Estado.
Os jovens artistas que compõem essa exposição são Mateus ‘Arte theus’, Bruno Girelli, Eliane Fraulob, Erika Pedraza, Leo Bueno, Letícia Maidana, Maria Chiang, Luis ‘Sonek’ e Sara ‘Syunoi’.”
Uma das organizadoras da mostra, Eliane Fraulob, destaca as linhas de pesquisa dos trabalhos e revela quem são os artistas que compõem a exposição. “É onde ocorre a interseção dos trabalhos de alguns jovens artistas de Mato Grosso do Sul. É o cruzamento de diferentes linhas de pesquisa que, juntas, demonstram a amplitude das linguagens artísticas presente no nosso Estado. Os jovens artistas que compõem essa exposição são Mateus ‘Arte theus’, Bruno Girelli, Eliane Fraulob, Erika Pedraza, Leo Bueno, Letícia Maidana, Maria Chiang, Luis ‘Sonek’ e Sara ‘Syunoi’.”
A grande pintora e desenhista sul-mato-grossense Lídia Baís está sendo retratada em uma obra de Maria Chiang, que usa o giz pastel, em uma interpretação pictórica e vibrante. Com um colorido marcante, a obra de Eliane Fraulob é uma pintura abstrata que parece evidenciar influências do Abstracionismo de Miró, no entanto, o uso da cor remete às feras do Fauvismo.
O jovem Mateus “Arte theus” mistura iconografia egípcia, maia e indiana, com temas contemporâneos, como a arte de rua e o grafite em sua obra. Enquanto “Punish room”, de Bruno Girelli se apresenta como um projeto de colagismo com alto teor e o abuso de texturas, entrelaçado com um viés ideológico comunista entregue de forma sutil.
Para a organizadora, a exposição reacende a chama do “fazer” artístico de Mato Grosso do Sul, em cada um que for visitá-la. “A mostra une artistas sul-mato-grossenses que trabalham com diferentes técnicas e pesquisas. Acredito que, para o público, poder presenciar essas obras tão diferentes em um único ambiente reacende a chama do fazer artístico do nosso Estado. Por isso, acredito que a importância está em fazer o espectador visualizar o nosso Estado como uma manjedoura de artistas talentosos e que tratam de temáticas extremamente relevantes e atuais”, pontua.
“Eu destaco a diferença entre os trabalhos. A exposição, nesse sentido, é um ponto de convergência para a divergência. Ela existe para elucidar a produção dos jovens artistas do nosso Estado”, complementa.
Apresentando a temática do jovem marginalizado e da transgressão, Luis “Sonek” transpõe a linguagem do grafite para a galeria. Já Sara “Syunoi” retrata a visão de abandono da cidade em aquarelas monocromáticas, que parecem ressaltar o sentimento de afastamento e a melancolia de prédios históricos que, no espaço urbano, passam a incorporar a pichação em suas fachadas. A névoa escura parece expressar o peso e a confusão do processo.
Quem transpõe o traço da tatuagem para a tela é a Leticia Maidana, em uma aquarela figurativa simbólica, com o tema de um rosto feminino indígena de olhos fechados e a sobreposição da planta de uma cidade em retícula clara. A composição varia em tons de azul do claro ao azul profundo e o preto. Nela, são expressas a perda da terra e a dor de ser engolida pela cidade.
SERVIÇO: A exposição “Transvisões” permanecerá até o dia 30, com entrada gratuita. As visitações serão por agendamento, de de segunda a sábado, das 8h às 17h. O museu está localizado na Av. Fernando Corrêa da Costa, 559. Acesse também: Origens das receitas típicas das Festas Juninas: quitutes estão ligados a história do Brasil
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