A partir de amanhã (1°) os servidores administrativos da Reme (Rede Municipal de Ensino) irão entrar em greve por tempo indeterminado, a decisão foi tomada após a recusa da prefeitura nas reinvindicações exigidas pela categoria.
Durante a passeata que correu a avenida Afonso Pena – na Praça do Rádio – até a frente da fachada da prefeitura municipal, foi publicado pelo prefeito Marcos Trad, o decreto 6.600/2022 no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), aumentando o valor da bolsa-alimentação de R$ 294 para R$ 350 para servidores públicos municipais ocupantes de cargo efetivo.
O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais), Marcos Tabosa, relatou que ” após o decreto, foi organizado uma assembleia no meio da passeata, e os administrativos da educação resolveram manter a greve, pois o o executivo municipal não os contemplou com o que foi pedido”.
Tabosa também diz que com “R$ 56 não se consegue comprar nem 1,5kg de patinho”.
Alimentação
A paralisação irá impactar a rotina dos mais de 100 mil estudantes matriculados na Capital, que podem inclusive ficar sem merenda.
De acordo com o presidente do sindicato, ” os diretores que seguirem as orientações do prefeito e utilizarem de pessoas não qualificadas para manusear alimentos serão denunciados pelo ministério publico”.
“O sindicato também está acionando o jurídico para saber se os diretores podem ser processados individualmente”, diz Tabosa.
Reinvindicação
“O sindicato quer a reposição da inflação no Profuncionário e a incorporação do programa. Queremos a reposição da inflação no bolsa alimentação e também o auxílio alimentar. O prefeito tem que pagar os dois distintamente”, disse o presidente da Sisem ( Sindicato de Servidores Municipais), Marcos Tabosa.
Tabosa afirma que “o auxílio alimentação foi uma conquista da categoria em 2014 e que eles não pretendem abrir mão”. O valor pago atualmente é de R$ 350. A categoria pleiteia o vale alimentar de R$494 e R$105 de gratificação do SUS-extra, pago apenas a agentes de saúde.
O sindicato também reivindicou a autorização do novo curso Profuncionário para atender 600 servidores que não possuem a formação.
Veja mais na reportagem ao vivo da repórter Vivian Bacarji, para O Estado Online: