Jovem, dançarino, pai de pets, virginiano, fã de Rouge, cheio de vida, filho amoroso e cantor. Essas são algumas das características de um dos principais artistas independentes da cena Pop de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Ricke Martinez.
Ricke é natural de Sorriso, mas se mudou para Campo Grande em 2014 para cursar faculdade de Publicidade e Propaganda. E, desde então, transcendeu a maré sertaneja, bem conhecida pelos campo-grandenses, para surfar na onda do Pop e fincar sua âncora na cidade onde disse que aprendeu a ser ele mesmo.
A história de Ricke com a música começou cedo, segundo o próprio cantor “não tem uma memória da minha vida onde a música não estivesse presente”.
O artista independente conta que quando ainda era bebê, sua mãe o fazia dormir dançando com ele no colo em frente ao seu antigo aparelho de som. A música sempre fez parte da história de sua família, seu avô tocava viola, sanfona e teclado, o que fazia Rickie se conectar todos os dias com a arte.
Ricke começou a se interessar cada vez mais pelo meio artístico, porém, a música não foi o que chamou sua atenção logo de cara. Sempre incentivado por sua mãe, o cantor pop gostava de dançar, fazia aulas de street dance, axé, ballet contemporâneo, jazz e várias outras modalidades de dança.
Porém, foi durante a pandemia do novo Coronavírus, iniciada em março de 2020, que a música, de forma simples e despretensiosa, começou a fazer parte da vida do atual cantor.
“Eu amava cantar, mas nunca me enxerguei com potencial para levar isso a algum lugar de verdade. Era sempre um karaokê com os amigos, ou sozinho na frente do YouTube, com instrumentais que encontrava na internet. Então veio a pandemia, a gente já não tinha muito o que fazer para passar o tempo, e o karaokê virou rotina lá em casa. Compramos caixa de som, microfone, luzes, tudo para que pudéssemos nos divertir. E nisso, em meio a todo aquele medo, eu quis me jogar e fazer algo que sempre foi uma vontade… música!”
Ricke disse que sentiu muita dificuldade para fazer as coisas darem certo no começo de sua carreira, pois não tinha acesso a grandes recursos. Mas, seu sonho de se tornar um cantor pop falou mais alto. Então, ele resolveu parar de perder tempo e arriscar com as ferramentas que tinha.
“Gravava voz no celular, gravava enquanto batucava na mesa e por aí foi.”
Totalmente apaixonado pela cultura pop, hoje o artista possui em seu currículo a experiência de abrir o show da cantora Ludmilla, no evento Campão Cultural, que aconteceu em 2022 em Campo Grande, e diz que sonha em fazer parcerias com Anitta, Pedro Sampaio e Luisa Sonza.
Após dar os primeiros mergulhos na cena Pop, Ricke conseguiu contratar um produtor musical em Campo Grande para dar continuidade na sua jornada no meio artístico. E assim surgiram seus primeiros lançamentos ‘General’ e ‘Mania Perigosa’.
‘General’ foi lançado em 2022, conta com mais de 25 mil visualizações no YouTube até agora e cumpre com a promessa de uma música 10/10 que os fãs da cultura pop amam. O clipe entrega qualidade, música, enredo, figurinos, cenários e coreografias dignas de um virginiano que gosta de fazer tudo perfeito.
Lançamento
Depois de um ano de seus primeiros lançamentos, Ricke vem com uma novidade no próximo mês: sua nova música ‘Trapaceiro’, em parceria com Mc Ruam, artista independente de São Paulo.
“‘Trapaceiro’ é uma música que escrevi lá em 2021, ela já estava pronta há algum tempo, mas nunca encontrei um timing bom para lançar ela. Como artista independente, e virginiano que sou, se eu não tiver como lançar um material legal, tudo certinho, com uma qualidade bacana, eu prefiro nem lançar.”
Para o Mc, que está acostumado a fazer funk, a parceria com o cantor pop Ricke foi uma experiência incrível e assegura um feat que agradará tanto quem curte uma pegada mais funk, quanto quem gosta dos elementos do pop.
“Para mim o trabalho foi muito interessante, porque eu não faço pop, eu faço funk. Mas, eu consegui trazer uma pitadinha do funk e do Mc Ruam para dentro da música e do clipe. Conseguimos emitir a mesma energia e intensidade no trabalho”, disse MC Ruam.
O clipe, dirigido pelo diretor Gabriel Benites, de Mato Grosso do Sul, traz uma estética inspirada em um conceito street, contrastando com cenas de fundo branco e, claro, muita coreografia.
“O Ricke está preparado para ser um artista grande! A performance dele no clipe foi muito boa, ele dança muito, canta, tem bastante expressão e facilidade com as câmeras.” disse o diretor Gabriel.
E, como toda música pop que promete entrar na cabeça e na boca dos fãs, a música ‘Trapaceiro’ possui uma coreografia para ninguém colocar defeito.
“Existem momentos de uma movimentação mais explosiva, forte e extremamente coreografada. Assim como existem momentos de improvisação (freestyle) e interações mais cênicas com a câmera, que independem de uma coreografia.” disse o coreógrafo Ariel Ribeiro.