Juros elevados, demanda enfraquecida e situação global menos favorável contribuem para cenário tímido na economia
Após três meses consecutivos de retração, a produção industrial brasileira se manteve estável em janeiro de 2025, conforme dados divulgados nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Economistas previam um crescimento de 0,5% no mês, mas o setor não apresentou variação em relação a dezembro de 2024.
A estabilidade foi influenciada por uma queda de 2,4% nas indústrias extrativas, que ofuscou o crescimento observado em 18 dos 25 ramos pesquisados. Os destaques positivos ficaram foram os setores de máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).
Na comparação com janeiro de 2024, a produção industrial registrou um aumento de 1,4%, abaixo da expectativa de 2,3% dos analistas. Fatores como as altas taxas de juros, atualmente em 13,25%, e a demanda interna enfraquecida contribuíram para esse desempenho aquém do esperado. O Banco Central já sinalizou um aumento adicional de 100 pontos-base na taxa básica de juros em sua próxima reunião, visando conter a inflação crescente.
O índice de difusão, que mede a proporção de produtos com aumento na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 56,9% em dezembro para 58,8% em janeiro, indicando que a maioria dos produtos registrou crescimento na produção.
Especialistas alertam que o setor industrial brasileiro enfrenta desafios como juros elevados, demanda enfraquecida e um cenário global menos favorável, fatores que podem continuar pressionando a indústria nos próximos meses.
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