A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul utiliza a tecnologia como principal aliada na investigação e proteção de crianças e adolescentes contra crimes de pedofilia no Estado.
O Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), em Campo Grande, trabalha em parceria com forças policiais do Brasil e do exterior para identificar e prender envolvidos em crimes cibernéticos, como o tráfico de material de pornografia infanto-juvenil e a identificação de quem está compartilhando, arquivando e produzindo.
A investigação realizada pelo NIP identifica vários crimes ocorridos na internet, com o uso de ferramentas cibernéticas no combate à exploração sexual infantil. O delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, afirma que a polícia está sempre trabalhando para aprimorar suas técnicas, capacitar seus policiais e garantir que os responsáveis por esses crimes sejam punidos.
A delegada Anne Karine Trevizan alerta que os pais precisam ter conhecimento sobre o que o filho acessa na internet, pois o risco de aliciamento sexual é muito grande. Ela também destaca que o uso de “deepfake” em “grooming” pode ser uma forma insidiosa de abuso, uma vez que pode ser usado para criar imagens ou vídeos sexualmente explícitos que parecem apresentar crianças ou adolescentes.
“É importante lembrar que o uso de ‘deepfake’ para o ‘grooming’ é um crime sério e prejudica a integridade e a segurança de crianças e adolescentes. Se você suspeitar que alguém está envolvido em tal comportamento, é importante denunciar imediatamente às autoridades competentes”, finalizou a delegada.
Dia 18 de Maio
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul faz parte da “Coalisão de Forças Policiais”, em conjunto com o FBI e a ICE (Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA), com o intuito de combater crimes cibernéticos relacionados à pornografia infanto-juvenil na internet.
O dia 18 de maio é o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, conhecido como Maio Laranja.
O “Maio Laranja” é uma campanha de conscientização sobre a violência sexual infantil que acontece todos os anos durante o mês de maio. O projeto busca alertar a população sobre a importância de proteger as crianças e adolescentes contra qualquer tipo de violência sexual, além de estimular a denúncia de casos de abuso e exploração.
Segundo dados do Disque 100, serviço de denúncias de violações de direitos humanos ligado ao Governo Federal, em 2020 foram registradas 1.248 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul. Desse total, 716 foram de abuso sexual e 532 de exploração sexual.
Além disso, o estado registrou 2.868 denúncias de violência contra crianças e adolescentes em geral, incluindo violência física, psicológica e negligência. Desses casos, 1.413 foram de violência psicológica, 1.121 de violência física e 314 de negligência.
É importante ressaltar que os dados do Disque 100 representam apenas as denúncias realizadas por meio desse canal, e que muitos casos de violência infantil podem não ser denunciados. Por isso, é fundamental que a sociedade esteja atenta e comprometida em proteger as crianças e adolescentes contra qualquer tipo de violência.
É importante lembrar que a proteção contra a violência sexual infantil é responsabilidade de todos, e que a denúncia é um passo fundamental para prevenir e combater esse tipo de crime. Caso você tenha conhecimento de algum caso de abuso ou exploração sexual de crianças ou adolescentes, não hesite em denunciar às autoridades competentes.
Denuncie
Em Mato Grosso do Sul, existem diversas formas de denunciar casos de abuso infantil e violência contra crianças e adolescentes. Algumas opções são:
Disque 100: O Disque 100 é um serviço nacional que recebe denúncias de violações de direitos humanos, incluindo casos de violência contra crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e o atendimento é feito 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Conselho Tutelar: O Conselho Tutelar é um órgão municipal responsável por zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Cada município possui pelo menos um Conselho Tutelar, que pode ser acionado para denúncias de abuso infantil e outras formas de violência.
Delegacia de Polícia: A denúncia também pode ser feita em uma delegacia de polícia, que irá encaminhar o caso para a investigação e o processo legal.
Ministério Público: O Ministério Público também pode ser acionado para denúncias de abuso infantil e outras formas de violência contra crianças e adolescentes.
Em todos esses casos, é importante ter em mãos o máximo de informações possíveis sobre o caso, como o nome da vítima, do agressor (se houver), a descrição do ocorrido, local e data do fato, entre outras informações que possam ajudar na investigação e apuração do caso. É fundamental que a denúncia seja feita o mais rápido possível, para que a vítima possa receber a proteção e o atendimento necessários.
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