Todo o atendimento emergencial hoje feito pelo Hospital Universitário deverá ser transferido para o Hospital do Pênfigo uma vez que aquele hospital deverá encerrar as atividades dos setores de de urgência e emergência a partir de fevereiro do próximo ano.
“Estamos discutindo a migração para o Hospital Filantrópico do Pênfigo. Certamente, gostaríamos de mais uma porta atendendo urgência e emergência. prazo é até fevereiro do próximo ano”. Disse o secretário municipal de saúde José Mauro Filho ao destacar que se trata de um posicionamento unilateral e definitivo do HU, que deverá impactar em toda a Rede de Urgência e Emergência (RUE).
Outra preocupação do vereador foi em relação à previsão do Hospital Universitário em encerrar atendimentos de urgência e emergência a partir de fevereiro do próximo ano.
O fechamento do atendimento de urgência no Hospital Universitário de Campo Grande, a reforma e inauguração de novas unidades, diante de uma previsão orçamentária mais enxuta para a Saúde da Capital no próximo ano foram algumas das preocupações debatidas durante Audiência Pública, promovida pela Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta sexta-feira (30).
Pelos dados apresentados até agora, foram aplicados 31,16% em saúde, conforme as despesas liquidadas, enquanto o valor mínimo constitucional anual é de 15%. O vereador Dr. Victor Rocha salientou a preocupação com a LOA (Lei Orçamentária Anual) prevendo 25% para a área da saúde no próximo ano. A proposta está em tramitação na Casa de Leis.
Outro tema bastante delicado está relacionado a contratualização com a Santa Casa, cuja direção alega déficit nas contas, é outro desafio para a Sesau. O secretário José Mauro Filho justificou que a última proposta apresentada foi de R$ 29,5 milhões, no contrato com recursos federais, estaduais e municipais.
A diretoria do hospital alega déficit de R$ 12,5 milhões nas contas e reclama da estagnação do contrato em R$ 23,9 milhões desde 2019, não acompanhando o acréscimo nos preços de medicamentos e equipamentos. O secretário falou que nesse valor apresentado estariam contemplados os R$ 1,5 milhão pela categoria de enfermagem, que estavam em greve.
A direção da Santa Casa, na última Audiência, apresentou que o valor de R$ 28,04 milhões, previsto na última contratualização, não iria solucionar o impasse do déficit, já que inclui a execução de novos serviços. O secretário salientou que há o pleito da Santa Casa, mas foram solicitados os balancetes desde 2017 por elemento de despesa para que o déficit seja comprovado.