Foi divulgada a lista dos selecionados para participar da Oficina Gratuita de Percussão no Centro Cultural José Octavio Guizzo, com o professor Chico Simão. As aulas serão sempre às terças, quintas e sábados, das 18 às 20 horas, e a primeira aula será no dia 18 de junho.
O objetivo da oficina é fomentar a cultura local através de atividades culturais coletivas gratuitas Centro Cultural. Busca-se formar um grupo de percussão focado na pesquisa e execução dos ritmos brasileiros. Os alunos aprenderão sobre o instrumento, como manuseá-lo e tirar som com cadência e aprender a tocar de fato em grupo.
Os instrumentos serão disponibilizados pelo professor e oferecidos gratuitamente para os alunos, assim como sua manutenção e cuidados. Para o professor e artista Chico Simão “é uma oportunidade de aprender um novo instrumento, sentir como é a percussão na música e desenvolver a musicalidade de cada participante”.
Chico explica que a ideia da oficina já existe desde 2002, quando surgiu o grupo Bojo Malê: “O Bojo Malê começou lá em 2002 da mesma forma como eu estou propondo esta oficina. Eu tinha recém-chegado aqui no Estado e com muitos instrumentos, um conhecimento nessa área da percussão brasileira e africana e queria disseminar isso aqui, compartilhar com as outras pessoas e a partir dali, 2002 até praticamente 2013 eu fui consolidando o grupo, esta oficina as pessoas foram ficando, foi uma seleção natural, e a partir do primeiro ano, em 2003, a gente assumiu este nome e viramos um grupo. Eu continuei dando oficinas em diversas ocasiões, em festivais, nos lugares onde eu trabalhei, na própria Universidade Federal onde eu estudei, em outras organizações como ongs, cursos livres, congressos eventuais, continuei fazendo isso com o grupo. O grupo chegou a ter 25 pessoas, a gente trabalhou percussão africana, percussão brasileira, fizemos vários eventos particulares, foi uma fase muito legal”.
“Em 2013 o grupo foi mudando um pouco o sentido, não estava atuando de forma constante, mas eventualmente tinha uma participação no show da minha banda no Sarravulho e aquela energia estava sempre presente. Hoje o grupo não existe mais como era antes, o que foi ficou na memória das pessoas, é difícil juntar muita gente e trabalhar de uma maneira contínua durante muito tempo. Então isso aconteceu mas eu sinto sempre essa vontade de trazer essa experiência da percussão tocada em grupo, de difundir a cultura brasileira, dos ritmos brasileiros, é muito rica culturalmente, musicalmente falando, o próprio samba, o maracatu, e aí eu sempre volto nessa mesma tecla, de trazer a oficina, de juntar pessoas, de tocar junto com os ritmos brasileiros e às vezes misturando com outros elementos, chamando outros instrumentos para tocar juntos, metais, sopro, guitarra, como a gente também já fez”.
Chico Simão fala que a oficina é um conceito de difundir a música, seja ela através de um grupo que vai estar sempre se encontrando, ou de uma oficina que tem começo, meio e fim, ou de algo que tem um começo mas não tem necessariamente um fim. “Esse sentimento de querer compartilhar este momento de estar tocando junto com outras pessoas isso é muito forte em mim, foi assim que o Bojo Malê surgiu, e assim que essa vibração, este momento de estar junto com as pessoas existe ainda nessas oficinas”.
O professor explida que o plano da oficina é desenvolver os ritmos , desenvolver a musicalidade de cada um “através dos aquecimentos, de alguns jogos de percepção, que eu gosto bastante de usar as coisas que eu aprendi com o Barbatuques, que trabalha a percussão corporal, e a gente acaba desenvolvendo um repertório percussivo, sempre tocando em grupo com uma série de instrumentos que eu ofereço, que eles aprendem a tocar, a manipular, aprende a técnica. Esse trabalho que eu quero fazer com eles é abrir este universo da rítmica, da percussão brasileira e aprender a manipular tecnicamente, a fazer a alquimia do grupo andar em sinergia harmônica, conseguir tocar junto”.
Para esta oficina, essa é uma primeira lista que foi divulgada. Foram 106 inscritos e foram selecionados 33. “Ao longo desse ano, nos próximos meses pode sair uma segunda lista com os alunos que já fizeram a inscrição. E aí eu vou chamando o pessoal da lista. Quem não foi selecionado, fique atento pois eventualmente, conforme o andar do curso, pode sair uma nova lista de chamada dos alunos”.
Confira a lista dos selecionados aqui.
Com informações da Fundação de Cultura.
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