Dia 18 de outubro é comemorado o dia do profissional que cuida da gente, o médico, e Campo Grande conta com dois profissionais mais do que especiais, são Cidadãos Nota 10 do programa da entrevistadora e comunicadora Marinalva Pereira no estúdio do Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
Durante o bate-papo, o cirurgião geral e médico gastro Drº Márcio Eduardo de Souza Pereira, acompanhado do Drº Leandro Viecili, ortopedista especialista em mãos, passam a simpatia e o gosto pela área, enquanto relatam suas histórias de como chegaram até os postos atuais.
“Em mais de 20 anos de formação, trilhei um caminho de sucesso e dedicação. É engraçado como as coisas da vida acontecem, existem várias teorias em relação a isso, mas a questão é que vivemos o que temos de experiência naquele momento da vida”, conta Márcio.
Formado em cirurgia geral pela UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e pós-graduado em cirurgia minimamente invasiva pelo Instituto Jacques Perissat 2004-2005, Márcio também já passou como diretor de HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) da Capital, chefiando setores e serviços de residências médicas. “Tive o privilégio de estar nesses lugares, na verdade, fui me engradecendo com essas pessoas.”
Sobre fazer o que gosta e a facilidade em lidar com pessoas. “Todo mundo gostaria de ser tratado bem e igualmente. Proponho esquecermos das outras histórias, elas estão ficando muito chatas. Não tínhamos nenhum médico na família e Graças a Deus cheguei lá.” Conta Márcio, o qual é inclusive irmão de Marinalva.
O cirurgião não quer parar por aqui, Márcio lançou recentemente um curso sobre carreira do médico sob o olhar do empreendedorismo. “Vamos evoluindo alguns pensamentos. Um sonho que tenho é juntar a educação e o empreendedorismo. Com minha esposa, montamos uma pequena startup e começamos a desenvolver projetos relacionados ao assunto para os profissionais de saúde.”
Colegas de profissão
Enquanto isso, o Doutor Ortopedista da Mão, Leandro Viecili, se vê cada dia mais inspirado e disposto a cuidar dos seus pacientes. “Temos nossa parte filantrópica, muito importante e dedicamos parte do nosso tempo a isso. Inicialmente naquele momento mais jovem, quando iniciei, as adversidades e os resultados me motivava e me deixava feliz.”
“Hoje gosto muito da consideração, do carinho e isso me motiva muito. O paciente com um bom resultado chega dizendo, por exemplo: “Doutor muito obrigado, você melhorou minha qualidade de vida e eu inclui você nas minhas orações.” Isso é algo que me fortalece e me deixa muito feliz, é gratificante.”
Durante a pandemia, o especialista notou algumas mudanças na sua área. “Algumas patologias novas apareceram com a pandemia, que vieram ainda sem muito estudo. Percebemos um número aumentado em doenças relacionadas a COVID-19 que atacava os nervos.”
“Além disso, percebi que os traumas nas articulações das mãos diminuíram, o paciente que eventualmente realizar o serviço manual de certa forma reduziu na época. Em contrapartida, os acidentes domésticos aumentaram”, informa Viecili.
Inspirações e lembranças
Durante a conversa, o ortopedista natural do município de Maracaju relembrou que a influência de querer ser médico veio do tio, aos 14/15 anos. “Foi difícil, quando fui prestar o vestibular eu pensava saber de alguma coisa. Em 2001, uma das primeiras provas que realizei tinha 50 vagas e 1000 candidatos. Mas dos mil candidatos, fiquei no 857º lugar.
“Então resolvi fazer cursinho, ter uma rotina e criar disciplina, o principal fator para as minhas conquistas. Acordar 5h da manhã e estudar até às 21h, durante 1 ano. Fiz novamente o vestibular, desta vez passando em 11º, de 50 vagas, em Dourados.”
Dia do médico
Por fim, ambos os médicos agradeceram o reconhecimento e deixaram uma mensagem para a categoria: “Aos médicos, mantenha isso dentro da sua alma. Você está saindo de casa para ajudar alguém. A nossa profissão é um pouco diferente das outras, ela carrega um caminho espinhoso, mas quando os resultados são satisfatórios, não tem prazer que se compare”, finaliza Márcio.
“Meus colegas médicos, acredito que estamos em uma época difícil, na economia, política. Mas temos o nosso juramento e não desistiremos. Pratiquemos o bem, os nossos corações, manter a nossa atenção em ajudar o próximo”, conclui Leandro. Acesse também: Advogado indígena de MS fará palestra na Universidade de Harvard