“Será uma sala certificada de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados e as mais modernas normas de segurança. Ela está sendo preparada aguentar 5.000ºC ou uma inundação de até 1,5 de profundidade, além de arrombamento, disparo de arma de fogo, enfim, parece exagerado, mas é necessário para estar preparado para uma catástrofe”, ponderou o arquiteto responsável, Neder Schabib Péres sobre a construção de um novo local para abrigar o Data Center da Assembleia Legislativa, ou seja, uma instalação física onde se concentrarão os computadores e equipamentos eletrônicos que hoje dão suporte ao trabalho legislativo e administrativo.
Técnicos da Secretaria de Infraestrutura explicaram que as obras estão previstas para terminar em dezembro além de ampliar a capacidade física de espaço e de armazenamento de dados, o gerente de Informática da Casa de Leis, Enio Marcelo Buzaneli, comemorou que haverá autonomia de energia.
“Hoje, temos a capacidade de 450 teras de dados e já estamos utilizando cerca de 80%. Com essa ampliação e atualização de equipamentos, teremos espaço para mais 10 anos despreocupados. A segurança dos dados é a questão principal, pois temos imagens, sons e vídeos da TV Assembleia, por exemplo, e isso é a história do Estado. Além disso, temos os dados do RH, do site oficial, temos serviços de internet, webmail, o próprio processo legislativo. Com os geradores teremos autonomia”, comparou Enio.
A empresa contratada para a obra tem em seu know-how o caso de um Tribunal de Justiça que pegou fogo, destruindo parte do prédio, mas que teve seus dados protegidos.
“É isso que a gente busca aqui, pois são dados com muito valor histórico. Após o fogo, eles logo conseguiram restabelecer o serviço. Para isso, fizemos adequações na subestação, para receber os geradores que permitirão um sistema que nunca precisará ser desligado, nem mesmo para manutenção, e já pensamos também em uma ampliação futura. Hoje, precisamos de 2 a 4 raques e ali tem espaço para oito raques e vamos demorar um bom tempo para dobrar de tamanho”, explicou o arquiteto Neder.