Com reajuste nas bombas a partir de amanhã, filas intermináveis “cercam” postos de combustíveis

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Foto: Alessandra Messias/O Estado Online

Filas indianas marcaram a tarde toda de hoje (10) nos postos de Campo Grande – e continuam. É que os consumidores correram com seus veículos para abastecerem o tanque, na tentativa de pegar um valor prefencialmente mais barato na hora de fecharem a conta. O reajuste dos combustíveis foi realizado pela Petrobras também nesta quinta-feira. Fora a gasolina (18,8%), o gás de cozinha de cozinha vai encarecer 16,1%.

No momento, o preço da gasolina está oscilando entre R$ 6,29 e R$ 6,79. Não é possível dizer em qual região da cidade o combustível está mais em conta. Na correria dos clientes, contudo, fila intermináveis praticamente “cercam” os postos, que operam sem parar. Inclusive, carros estacionados à espera da sua vez prejudicam o trânsito e tumultuam várias vias municipais, como as do Centro e na avenida Mascarenhas de Moraes. O perigo também é para a falta do líquido.

No “corre-corre” dos combustíveis, teve até posto campo-grandense que já subiu em R$ 0,30 o preço de sua gasolina.

Só que sobe…

De acordo com a análise feita pelo Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), o litro da gasolina pode ultrapassar os R$ 7 em Campo Grande. O reajuste da Petrobras prevê um aumento de R$ 0,54 por litro ao consumidor final. Ainda, o óleo diesel ficará R$ 0,81 mais caro, podendo chegar aos R$ 6,25 po litro.

Segundo o diretor do sindicato, a alta nos combustíveis é consequência direta dos conflitos bélicos e tensões geopolítica entre Rússia e Ucrânia. Em resumo, a guerra afeta o preço do dólar americano, que fica mais caro para compra de petróleo, impactando todo o mercado global do segmento. “O custo se elevou assustadoramente”, confirmou Edson Lazarotto.

Como fica?

Todos os setores da economia são afetados por essa alta – principalmente o dos transportes. O percentual de quase 20% é, de fato, alarmante, porém já havia essa expectativa de encarecimento no decorrer do mês. Como tentativa para frear essa crise, o Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) planeja se reuniur com a atual gestão estadual a fim de levar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) novamente à mesa.

“[Pedimos] que haja uma redução muito forte do ICMS. A economia sul-mato-grossense vai sofrer dificuldade caso o preço [do diesel, no caso] ganhe 40% de aumento em menos de 60 dias”, pontua Cláudio Cavol, diretor-presidente do Setlog-MS.

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