Canteiro tombado torna corredor de ônibus na Afonso incerto

Com o objetivo de melhorar o trânsito na Capital, um dos projetos estudados pelo município é um corredor de ônibus na Avenida Afonso Pena. No entanto, o tombamento do canteiro central, que foi publicado no início deste mês em Diário Oficial, mudou os planos da administração municipal, deixando o projeto na incerteza. As possibilidades de mudança na principal avenida da cidade agora estão sendo estudadas pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Durante a inauguração do Emei (Escola Municipal de Educação Infantil), ontem (27), o prefeito Marquinhos Trad falou sobre a dificuldade de implantação do corredor de ônibus na Afonso Pena pelo tombamento do canteiro central. “Foi declarado pelo poder judiciário que eu não posso mexer no canteiro. Ou se cria uma linha e se diminui o pavimento de trânsito dos carros ou vai continuar do jeito que está”, afirmou. Inicialmente, um novo corredor seria feito com a diminuição do canteiro central, segundo Trad.

No dia 15 de julho houve uma audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande para debater sobre o transporte coletivo e um dos pontos mais discutido foi a implantação de um corredor de ônibus na Avenida Afonso Pena, tendo em vista que na via transitam 14 linhas, sendo 6 executivas e porque são dadas certa de 750 voltas por dia.

De acordo com o diretor- -presidente, Janine Bruno de Lima, o primeiro projeto envolvia o canteiro central da Avenida, no entanto, no dia 8 de agosto houve o tombamento dos canteiros e das árvores por meio do decreto nº 13.957 que foi publicado no dia 9 de agosto no Diário Oficial. Em função disso, dois projetos serão estudados, inclusive, um deles prevê a saída do corredor para outra rua.

“O corredor de ônibus da Avenida Afonso Pena está com dois projetos, mas precisam ser trabalhados. Um do lado direito, onde existe o estacionamento e também trabalhamos com o ‘plano B’, se sair da Afonso Pena, para onde iria, estudos vão indicar o que será melhor”, explicou. Ainda conforme Janine, independente de corredor de ônibus, a faixa de rolamento da avenida não comporta o transporte coletivo. “ A faixa não comporta o ônibus na largura, por isso precisava ganhar um espaço, ou do lado direito, ou esquerdo. Hoje o ônibus acaba utilizando duas pistas”, pontou.

Implantação de corredores de ônibus é algo muito enfatizado pelo diretor–presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende. Segundo ele, em todas as vias com uma grande concentração de linhas precisar existir o corredor para dar agilidade e pontualidade no transporte público. “ O transporte coletivo por ônibus tem dificuldade em fazer viagem rápidas e pontuais pela falta de corredores e faixa exclusivas. O corredor precisar ser feito, isso é fato, em todas as vias que tem um fluxo intenso de ônibus”, declarou. (Rafaela Alves colaborou Amanda Amorim)

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