Artigo: A agenda popular do Congresso

Sintonia. Esta é a palavra-chave para que o Congresso consiga tirar do papel as entregas que a população tanto precisa nesta volta dos trabalhos legislativos.

Depois de um período próximo às bases, ouvindo as pessoas, os anseios da população ficam claros: o povo quer mais emprego, renda e oportunidade.

O Brasil é um país complexo, com inúmeros desafios, muitos deles urgentes, como o alto índice de desemprego, o salário médio em baixa, a escalada da inflação e a fome que ressurge e bate à porta.

Tudo isso sem falar na pandemia que já entra no terceiro ano. Os impactos estão por toda parte. O que vai exigir de todos nós muito trabalho e capacidade de construção de consensos.

Mais do que nunca será necessário focar no que nos une. Esta é a verdadeira sintonia que o cidadão exige.

De imediato, o Congresso tem 32 Medidas Provisórias para analisar. Uma delas, a MP 1090/21, permite o abatimento de até 92% nas dívidas de estudantes que contrataram o Fies até 2017.

Somente naquele ano, no Mato Grosso do Sul, cerca de três mil estudantes aderiram ao financiamento para realizar o sonho do diploma superior.

Esta é uma medida importante, que vai reduzir os impactos negativos na vida dos alunos que perderam a capacidade de honrar seus compromissos.

Outra discussão que precisa ser ampliada na Câmara diz respeito à crise hídrica e aos transtornos que ele causa aos cidadãos, com reflexos no agronegócio e no setor de energia.

A previsão é de que votemos até maio a MP 1078/21, que estabelece medidas para o enfrentamento dos impactos financeiros no setor elétrico, decorrentes da situação de escassez das chuvas.

Aqui no Mato Grosso do Sul, estamos passando por uma das piores crises hídricas da nossa história. O resultado são contas de luz mais caras, o que, mais uma vez, atinge principalmente os mais pobres.

A crise hídrica também afeta o produtor rural. É um tema muito discutido pela Frente Parlamentar da Agropecuária. Entendo que socorrer o setor produtivo agora é garantir empregos e impedir mais altas de preços. É reduzir danos, olhando para o futuro.

Aqui entra outra questão a ser debatida com profundidade: a urgência climática. No mundo de hoje, as soluções precisam estar conectadas. Produção caminha junto com preservação. Elas não competem entre si, ao contrário.

Também vamos trabalhar para destravar no Congresso, neste primeiro semestre, o projeto de nossa autoria que endurece a pena para os crimes de feminicídio.

A matéria aguarda para ser votada no Senado desde o primeiro semestre do ano passado.

O texto propõe que a pena para esse tipo de crime passe de 12 para 15 anos de prisão, além de tornar mais rígida a progressão de regime. A aprovação deste projeto é a resposta que tantas famílias esperam há anos do Parlamento.

No mais, vamos tocando em frente, firmes na luta pela justiça social com foco no combate à fome e à pobreza, trabalhando com afinco para redução das desigualdades.

Sabemos que avanços sociais no Brasil e no Mato Grosso do Sul dependem de mudanças que destravem o crescimento econômico, que só será sustentável com a aprovação de reformas estruturantes.

É aí que o Congresso tem muito a ajudar, adotando uma postura reformista para ancorar as expectativas do país.

Comida no prato, educação de qualidade, emprego e renda, com mais saúde e oportunidades para todos, é o que desejamos para 2022. Que todos os brasileiros, em especial os sul-mato-grossenses, vivam dias melhores neste ano que, se Deus quiser, será repleto de trabalho e fé.

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