Município na fronteira com o Paraguai reforça vacinação após aumento de casos no país vizinho
Uma bebê de 8 meses está sob investigação em Ponta Porã, a 300 quilômetros de Campo Grande, após apresentar sintomas compatíveis com sarampo. O registro ocorreu na quinta-feira (4) e amostras foram coletadas para análise laboratorial.
O alerta ganhou força porque, enquanto o Brasil não confirma circulação do vírus desde 2020, o Paraguai — país de fronteira seca com Ponta Porã — enfrenta notificações recentes da doença. O Ministério da Saúde já havia apontado o risco de reintrodução no país justamente pela proximidade com áreas de surto. Também há preocupação com a Bolívia, onde a situação é semelhante.
Diante do risco, Mato Grosso do Sul intensificou medidas de prevenção. Entre as ações estão a aplicação da dose zero da vacina em bebês de 6 a 11 meses, a realização de bloqueios vacinais em pessoas que possam ter tido contato com casos suspeitos, a busca ativa de pacientes com sintomas e campanhas educativas voltadas à população.
O Brasil recuperou em novembro do ano passado o certificado de território livre do sarampo, concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde. Mas especialistas alertam que a baixa cobertura vacinal em algumas regiões, somada ao avanço de movimentos antivacina, mantém o risco de novos surtos elevado.
Altamente contagioso, o sarampo é causado por um vírus da família Morbillivirus. A transmissão ocorre pelo ar e uma única pessoa pode infectar até 9 em cada 10 indivíduos não vacinados que estejam próximos. Os primeiros sinais incluem febre alta, manchas avermelhadas na pele, conjuntivite, tosse seca, coriza, mal-estar e perda de apetite.
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