A Lei nº 11.584/2007 instituiu o dia 27 de setembro como data nacional para promover a conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos. A captação de órgãos segue certos limites de idade: 75 anos para os rins, 70 para o fígado, 69 anos para sangue, 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas, 55 para o pulmão, coração e medula óssea e 50 para o pâncreas.
Para a doação de córneas não há limite de idade e este é o ponto que interessa ao São Julião, responsável pelo maior número de transplantes dessa modalidade aqui no estado. Segundo dados do SUS, em 2023 foram realizados 168 transplantes de córnea em Mato Grosso do Sul. Desses, 129 foram feitos no São Julião, que corresponde a 76% dos procedimentos.
A Oftalmologia começou no São Julião nos anos 1970 com o Dr. Ramiro Alberti Filho. Segundo ele: “Naquela época, na falta de microscópio cirúrgico, as cirurgias eram feitas com lupa”. Dr. Marcos Piccinin chegou em março de 2.000 e passou a coordenar uma equipe de seis oftalmologistas, que realizavam 150 consultas e 30 cirurgias/mês. Em 2006 o São Julião foi cadastrado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. Em 2010, Mato Grosso do Sul foi o primeiro do Brasil a zerar a fila de espera de transplantes de córnea e o São Julião assumiu o protagonismo nesse setor. Em 2015 o São Julião foi reconhecido no Estado, como Referência em oftalmologia, via SUS.
Em 2016 foi criada a Residência Médica no São Julião. Nesse período, o Centro Oftalmológico do hospital já contava com 25 profissionais, responsáveis por 400 cirurgias e 2.500 consultas mensais. Em 2021 a Residência participou, pela primeira vez, da Prova Nacional do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, sendo classificada na 4º posição. Dr. Marcos Piccinin continua à frente do Centro Oftalmológico, hoje formado por 34 médicos, 10 residentes, 4 fellowships (programa pós-residência), uma enfermeira e 4 técnicos de enfermagem.
O Hospital São Julião, em parceria com a Central de Transplantes de MS e a Secretaria de Estado de Saúde realiza I FÓRUM SETEMBRO VERDE. Dr. Marcos Piccinin fala sobre: “Banco de Olhos e Transplantes de Córneas”. Dra. Carolina Bernal sobre: “Desafios dos Transplantes de Órgãos e Córneas” e o enfermeiro Rodrigo Corrêa, da UNIMED Campo Grande e Central Estadual de Transplantes, aborda: “Acolhimento e Entrevista Familiar na Doação de Órgãos e Córneas”, tema fundamental, pois a captação de órgãos depende da autorização de familiares.
Serviço
I FÓRUM SETEMBRO VERDE;
24 de setembro, às 8h30;
Auditório do Centro Convenções Dr. Günter Hans;
Hospital São Julião – Rua Lino Villachá, 1250 – Nova Lima.