Sesau nega falta de adrenalina e afirma que abastecimento na rede de saúde está regular

Foto: Ilustrativa/Freepik
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A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul alertou para um possível colapso na saúde de Campo Grande, afirmando que há falta de medicamentos, dentre eles a adrenalina utilizada para reanimar pacientes e outros insumos em unidades básicas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Questionada pelo Jornal O Estado, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) negou o desabastecimento de adrenalina e garante que o medicamento está disponível nas unidades 24 horas e no atendimento móvel.

Segundo a defensora pública e coordenadora do NAS (Núcleo de Atenção à Saúde), Eni Maria Sezerino Diniz, conforme denúncias verificadas pelo Núcleo de Atenção à Saúde, o município não teria estoque de adrenalina para o fim do ano, o que colocaria vidas em risco.

“A falta desse insumo é extremamente preocupante, especialmente em um período reconhecido pelo aumento de casos de infartos e outras intercorrências cardíacas. Toda a população está vulnerável: desde usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) até autoridades e integrantes do poder público. Isso indica possíveis mortes evitáveis”, alertou a coordenadora.

Contudo, a Prefeitura contesta e em nota, a Sesau afirma que o abastecimento está normal. “Quanto ao abastecimento geral, a Sesau destaca que, após amplo trabalho administrativo envolvendo licitações e ajustes orçamentários, cerca de 60 empenhos de medicamentos foram emitidos nos últimos dias, representando mais de R$ 5 milhões em investimentos. Entre comprimidos, frascos e ampolas, aproximadamente 32 milhões de unidades estão com as entregas em curso para serem concluídas nos próximos dias, suprindo toda a Rede Municipal”.

Diante da situação, a Defensoria deu 24 horas para que o município apresente informações oficiais e um plano de contingência. Caso a resposta não seja satisfatória, medidas judiciais podem ser adotadas.

Por Michelly Perez

 

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