Segundo especialistas, pandemia agravou casos de saúde mental entre jovens

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Tabata Amaral (E) e Carolina Campos, durante debate virtual Foto: Agência Câmara

Em pesquisas recentes de especialistas, dados mostram que cerca de 80% de saúde mental entre os jovens de 15 a 29 anos no país ficam sem diagnóstico e, sem tratamento. Para os especialistas ouvidos pela Comissão de Educação da Câmara, é preciso entender que as consequências desse problemas são prejudiciais para a vida das pessoas e para o país, pois há um aumento da evasão escolar.

O Pesquisador do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Mátias Mrejen disse que a depressão em jovens de 18 a 24 anos aumentos de 5,6% em 2013 para 11,1% em 2019. Atingindo em maior escala as mulheres e pessoas de baixa renda.

A diretora-executiva do Instituto Veredas, Laura Boeira, citou uma pesquisa de 2021 que mostra que 36% dos jovens avaliavam seu estado emocional como ruim ou péssimo naquele momento, em plena pandemia da COVID-19. Segundo ela, a faixa etária entre 25 e 29 anos era a mais afetada.

A pandemia, segundo Carolina Campos, diretora-executiva da Consultoria Vozes da Educação, realmente agravou a situação, até porque vários jovens perderam um ou mais cuidadores.

“Hoje, a gente entra na escola e não sabe dizer se aquele aluno tem uma mãe viva ou um pai vivo devido à COVID. A gente precisa saber quantas crianças perderam o seu cuidador direto: a vó, a mãe, o pai. Gente, como o professor trabalha se a gente não tem essa informação?”, observou Carolina Campos.

Entre as soluções apontadas pelos estudiosos, está o treinamento dos profissionais de Educação para identificar, entre os jovens, sinais que sirvam de alerta, além da implantação de equipes especializadas que possam encaminhar os casos conforme a sua gravidade.

Com informações de Agência Câmara 

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