Mesmo após resposta da Sesau há quase um mês, problema no compressor odontológico persiste e impede atendimentos na unidade
Moradores do bairro Macaúbas, em Campo Grande, continuam sem atendimento odontológico na Unidade de Saúde da Família (USF) Dra. Soni Lydia Souza Wolf, onde o serviço está paralisado há cerca de seis meses devido a um problema no compressor odontológico — equipamento essencial para a realização dos procedimentos.
A primeira denúncia chegou ao Jornal O Estado Online no dia 21 de maio, quando uma moradora, que se identificou como Solange (nome fictício), procurou a redação para relatar o problema. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) respondeu, em nota, que o atendimento não estava suspenso e que os procedimentos que não dependem do compressor seguiam normalmente. Disse ainda que havia adotado providências para contratar uma empresa especializada para realizar o conserto e restabelecer o serviço o mais rápido possível.
Quase um mês depois, nesta segunda-feira (17), a mesma moradora voltou a procurar o jornal após ir novamente até a unidade e constatar que nada mudou. “Eu estou aqui em frente ao posto de saúde. Não tem remédio, a amitriptilina, por exemplo, não tem. E outra coisa, o compressor ainda está queimado. Se estiver com dor de dente, alguma coisa nesse sentido, é para ir no Paulo Coelho Machado ou nas Moreninhas. E não tem nem previsão para quando o compressor vai voltar a funcionar. É um descaso total com a população”, desabafa.
Ela afirma que, ao buscar atendimento para dor de dente, recebeu orientação da própria unidade para procurar a UPA das Moreninhas ou tentar encaixe na USF Paulo Coelho Machado, mas não conseguiu ser atendida. “Fui na do Paulo Coelho Machado e lá me falaram que não pode me atender porque eu não sou moradora do bairro. Eu sou do Los Angeles, tenho que ser atendida na USF Dra. Soni Lydia Souza Wolf, no bairro Macaúbas”, relatou.
Na nota enviada no dia 21 de maio, a Sesau afirmou que os atendimentos que não dependem do compressor seguiam normalmente e que os pacientes que necessitam de procedimentos que exigem o equipamento estavam sendo acolhidos e direcionados para outras unidades. Entretanto, moradores denunciam que, na prática, o problema persiste e não há previsão para a retomada integral dos serviços odontológicos no local.
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