Em alta desde o começo do ano de 2023, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), continua registrando novos casos em todo o Estado. Mais de 41% dos casos foram confirmados, somente na Capital. A preocupação é que neste período de inverno, que dura até o dia 23 de setembro, a incidência dessa doença tende a acometer ainda mais pessoas, principalmente crianças e idosos, devido ao tempo seco. Contudo, o InfoGripe da Fiocruz aponta que o Estado tem apresentado estabilidade no número de casos.
Em nota, a SES/MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) confirmou que, atualmente, o Estado tem o registro de 4.714 casos de SRAG hospitalizados, segundo aponta o boletim das semanas de 1 a 27 de 2023.“Trata-se de casos acumulados de SRAG hospitalizados no Estado do Mato Grosso do Sul, em todo o ano de 2023”, informaram.
O jornal O Estado também procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que não se pronunciou sobre a situação atual das pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave, na Capital. No entanto, conforme o painel de acompanhamento de síndromes respiratórias, Campo Grande tem 1.946 casos de SRAG, destes 862 não foram especificadas, 398 casos são de VSR (Vírus Sincicial Respiratório), 219 de covid-19, 134 de rinovírus e 175 ainda estão em aberto.
Dentre o maior número de pessoas acometidas pela doença respiratória, estão as crianças de 0 a 1 ano, representando 570 casos, de 1 a 4 anos, somando 374 casos e os idosos acima de 60 anos, responsáveis por 374 dos casos de SRAG.
Apesar de a maioria dos Estados ter sinal de estabilidade ou queda no agregado populacional, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta que o momento ainda exige cuidados. “Tal cenário mantém a necessidade de atenção e ações para diminuição da transmissão de vírus respiratórios.
As internações do público infantil mantiveram crescimento semana após semana, durante um longo período e, mesmo tendo interrompido em alguns Estados, mantém números expressivos de novas internações. Isso faz com que os leitos pediátricos continuem com alta demanda”, recomendou.
De acordo com o Ministério da Saúde, a SRAG é uma do ença respiratória que afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, parecidos com uma forte gripe e, se não for acompanhada de forma adequada, o paciente pode evoluir para insuficiência respiratória e falecer. Cabe ressaltar que a síndrome é causada por um vírus do tipo coronavírus e apresenta sintomas parecidos com o da covid, o que pode dificultar o diagnóstico.
Os sintomas mais comuns são: febre, tosse seca, dificuldade para respirar, dor de cabeça e dores no corpo, mas em casos mais graves pode apresentar lábios e dedos azuis ou arroxeados, suor noturno e respiração muito acelerada. Nos tipos mais severos, o paciente pode precisar de internação para fazer a reposição de oxigênio.
Balanço dos casos
Somente neste ano, Conforme a SES, são 4.714 casos de SRAG, sendo que 2.064 não foram especificados e 192 amostras estão aguardando classificação.
Além disso, 411 pessoas morreram devido à doença respiratória. A Capital lidera o ranking, com 1.943 caos de SRAG, o que representa 41,2% dos casos registrados no Estado.
As crianças e os idosos são os mais atingidos. Na faixa etária de 1 a 9 anos, estão 30,2% dos registros. De 0 a 1 ano, 27,5% casos. E acima de 60 anos, estão de 7,7% a 8,3% dos casos.
Por – Suelen Morales
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