Entenda os critérios para distribuição da vacina contra dengue

Foto: Divulgação
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O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil está prestes a alcançar um marco histórico ao se tornar o primeiro sistema público de saúde do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue. A implementação da estratégia de imunização, contudo, enfrenta desafios devido à capacidade limitada de produção laboratorial, levando à necessidade de estabelecer critérios específicos para a distribuição eficaz da vacina no país.

O acordo para a estratégia de imunização foi negociado com representantes de estados e municípios, considerando recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (Ctai) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A definição da estratégia levou em conta a análise da situação epidemiológica em 37 Regiões de Saúde, compreendendo 521 municípios, com critérios específicos:

1. Pelo menos um município de grande porte (mais de 100 mil habitantes)
2. Alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024;
3. Maior predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).

Com isso, 16 estados e o Distrito Federal estão aptos a iniciar a vacinação em 2024. O foco inicial será em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que apresenta alta hospitalização por dengue.

O combate ao surto de dengue conta com a primeira remessa de aproximadamente 757 mil doses, chegando ao Brasil em 20 de janeiro. Essa quantidade faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica, com outra entrega de 568 mil doses prevista para fevereiro. Além desse contingente inicial, o Ministério da Saúde já adquiriu 5,2 milhões de doses para 2024 e contratou outras 9 milhões de doses para 2025.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde adotou medidas robustas de prevenção e controle da dengue. Um repasse de R$ 256 milhões foi destinado para apoiar estados e municípios em ações preventivas, incluindo vigilância em saúde.

Uma Sala de Situação de Arboviroses foi instituída para monitorar dados de Chikungunya e Zika, complementando a atenção ao Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. A pasta também investiu na normalização de estoques de inseticidas.

Outra iniciativa notável é a expansão do método Wolbachia como um complemento ao controle das arboviroses, com um repasse de R$ 30 milhões para ampliar a tecnologia em seis municípios.

Com informações do Ministério da Saúde

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